A nossa História!
A data de 01 de junho de 2018 enquanto efectuávamos a travessia da UTSF surgiu-nos um episódio inédito que nos marcará para sempre, dai a criação desta Geocache.
Estávamos em pleno Rio Paivô quando caiu uma enorme chuvada torrencial acompanhada de trovoada, e claro que no meio do rio, pedras molhadas e chuva não é própriamente o melhor local para se estar, decidimos subir para um ponto seguro afim de seguir para Covelo por outro meio.
Chegados a um pequeno estradão, já em segurança, encontramos um outro caminho que seguia no sentido Covelo mas em vez disso demos de cara com uma pequena aldeia em ruínas e um carrinha 4x4 lá estacionada.
Como a carrinha veio aqui parar!!!! (comentamos entre nós)...
Estávamos a "salvo", decidimos bater a porta (literalmente) ao qual fomos recebidos por um senhor que ficou abismado com a nossa presença única e inesperada no local, molhados que "nem pintos".
Uma senhora aqui!!!! (completamente boquiaberto)
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Depois de falarmos, contarmos as nossas peripécias, descobrirmos este grande tesouro (a aldeia), o senhor (Doutor Vitor Brandão) contou-nos que toda aquela aldeia, todo aquele espaço era dele, e que a aldeia ficou muito conhecida quando no inicio de 2018 a colocou a venda por 600.000€.
Inicialmente nem estávamos bem a acreditar em tudo, mas depois de um tour guiado, vermos na internet toda essa história de facto confirmou-se...
Há coisas más que vem por bem!!!
Terminado o tour pela Quinta da Emproa, foi feita a proposta ao proprietário que de imediato após saber o que é Geocaching deu-nos autorização para que fosse colocado o recipiente.
Tudo finalizado, foi vez de seguirmos caminho, ainda tivemos um pequeno tour 4x4 pela propriedade do Dr Brandão e seguimos para Côvelo de Paivô para terminarmos a nossa aventura até Regoufe.
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Uma Aldeia por 600 Mil Euros!
Esta pequena aldeia do concelho de Arouca, dista de Arouca 16km, teve cerca de 11 casas de Xisto e Granito, onde residiram 14 famílias, já não é habitada a mais de 15 anos, hoje em dia está maioritáriamente em Ruínas, mas começa a ganhar uma nova vida.
O Dr Vitor Brandão residente de Arouca que já conhecia a aldeia a mais de 25 anos, e ao saber que os últimos herdeiros das casas estavam interessados em vender as casas, começou a adquirir uma a uma até ficar com toda a aldeia e espaço envolvente.
Aos poucos começou a reconstruir a aldeia, com materiais adequados a época, recuperados de outros locais e trazidos para aqui por camionetas e vários meios.
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Aos poucos este ultimo novo habitante começou a ver que os custos elevados inerentes a recuperação da aldeia era incomportáveis para o bolso, foi quando decidiu por a aldeia a venda para que alguma empresa pudesse usar este belíssimo local como um empreendimento turístico e realizar o sonho do Dr Vitor.
Chegaram a existir alguns grupos económicos ligados ao turismo interessados na compra da aldeia, que teve em mercado por 600 Mil Euros.
Actualmente a aldeia já não está a venda, a pedido da família do Doutor, que preferiram ficar com ela, e agora aos poucos vai sendo recuperada, até um dia, quem sabe...
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Côvelo de Paivô:
É uma freguesia portuguesa do concelho de Arouca, com 27,48 km² de área e 169 habitantes (2001). Densidade: 6,1 hab/km².
Pertenceu ao extinto concelho de Sul até 1853, quando foi integrado em São Pedro do Sul. Em 1917 passou para o actual concelho. Covelo de Paivó é a única freguesia do concelho de Arouca que pertence à diocese de Viseu.
Esta freguesia que contempla as aldeias de Covelo de Paivó, Regoufe, Drave, Pego e Emproa.
A origem de povoados nesta região é anterior à fundação da nacionalidade e mesmo ao domínio Romano, pois em 1946 foi encontrado em Regoufe uma pulseira de ouro com o peso de 171 gramas, formada por dois troncos de cone, ligados pela parte mais estreita, com o diametro, num dos bordos externos de 67,5 milímetros e no outro de 69,5 milímetros, e com 30 milímetros de altura, por dentro é lisa e por fora tem junto de cada bordo dois sulcos paralelos e pequenas incisões oblíquas, aos grupos de 13. Esta pulseira do período Romano encontra-se no Museu de Arte Sacra em Arouca.
As aldeias da freguesia pertenceram à freguesia de São Martinho das Moutas. Constituída a freguesia, eclesiasticamente ficou como curato da apresentação do vigário de São Martinho das Moutas, que fazia parte do concelho de Lafões, passando mais tarde para o concelho do Sul, extinto em 24 de Outubro de 1855, passando para o concelho de São Pedro do Sul, mas, pela lei nº 653, de 16 de Fevereiro de 1917, foi anexada ao concelho de Arouca.
No lugar de Regoufe desta freguesia explorou-se volfrâmio durante a 2ª Grande Guerra, pela companhia Inglesa.
A agricultura e a pastorícia têm ainda hoje um papel importante nesta região de paisagens virgens e incomparáveis da qual a aldeia tradicional da Drave e o Rio Paivó, com as suas águas cristalinas fazem parte integrante.
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Deveram usar os waypoints indicados na listing, percorrer um estradão, descendo a pé, pois existe uma corrente a bloquear o acesso a veículos, são cerca de 3km ir e vir o que poderá demorar uma hora a percorrer, por isso levem tempo. Trata-se de um conteiner de tamanho grande, entra-se na casa e está a direita junto a umas grandes lajes. A cache foi colocada com a autorização do proprietário da aldeia.
Tem logbook, caneta, stashnote, souvenir da nossa visita a serra da freita e consegue albergar travelbugs e itens de troca.
Deixem a cache e todo o espaço envolvente igual ou melhor do que estava.
A RESPONSABILIDADE È DE TODOS!
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