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Embora a Igreja de São Romão de Arões seja tipicamente românica, podemos encontrar nela laivos de características góticas e barrocas, fruto das alterações que sofreu ao longo da sua história. Assim sendo, é uma Igreja paroquial de planta longitudinal, com nave coberta abóbada de madeira, barroca, com caixotões pintados com arabescos e putti e capela-mor abobadada. Apresenta 2 fases de construção, de molduração mais pobre na 2ª fase. A capela-mor mostra já indícios góticos, podendo ter sido feita por cima de um corpo mais antigo. Tem capitéis ornamentados com motivos românicos semelhantes aos da Igreja de Rates e retábulos colaterais de estilo barroco nacional.
A planta é composta por uma nave única e capela-mor retangulares, como quase todas as demais igrejas românicas construídas nas zonas rurais do país.. Os volumes são escalonados e têm coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas. A fachada principal é simples, com uma sineira lateral de duas campanas. O portal axial é envolvido por uma arcada lisa e um tímpano com o Agnus Dei esculpido, encimado por uma fresta. O tímpano do portal lateral sul apresenta uma inscrição onde se diz que a igreja foi consagrada pelo arcebispo de Braga, D. Silvestre e pelo abade D. Gomes, no ano de 1237. A cornija assenta em cachorrada com modilhões esculpidos de motivos zoomórficos. A cabeceira mostra, pelo exterior, profundas arcadas cegas, quase contrafortes.
O interior da nave é coberto por um teto de caixotões com pinturas. O arco triunfal tem arquivoltas quebradas assentes em capitéis ornados com motivos românicos como aves bebendo num vaso comum e animais devorantes. A capela-mor é coberta de abóbada de pedra quebrada, que um arco toral divide em dois tramos. Apresenta frisos decorados com enxaquetados, palmetas e temas lanceolados. Contém vestígios de pintura mural e altares laterais de talha. Nas obras de restauro dos anos 40, apareceram numerosos restos do primitivo portal principal como cabeças de animal. O coro, pouco desenvolvido e localizado no fundo da igreja, representa aqui mais a função de albergar os fiéis do que de uma cultura arquitetónica.
A luminosidade interior é ténue e a luz do dia entra unicamente por algumas frestas, todas à mesma altura, bastante estreitas, tipo vigias.
Em relação à sua estrutura, os contrafortes são utilizados onde se exerce maior peso: na capela-mor, que é abobadada. As abóbadas pesadas das igrejas românicas exerciam grandes pressões e, para garantir a solidez do edifício, eram necessárias colunas maciças e paredes muito espessas, em que apenas se podiam fazer coberturas estreitas, situadas obrigatoriamente acima dos pontos de apoio, que deviam ser reforçados também a partir do exterior, por poderosos contrafortes. Lateralmente, as arcadas cegas, pelo seu aspecto pesado e profundo, desempenham a função de contrafortes. No corpo da nave a segunda linha de contrafortes fica-se pelo arranque, precisamente no mesmo ponto onde há uma diferença no aparelho da pedra.
Fonte: Wikipédia
A CACHE NÃO SE ENCONTRA NA ESTRUTURA DO EDIFÍCIO. NO CHÃO AO CANTO TAPADA COM PEQUENA PEDRA.