
Arte Xávega
Percorrendo a costa da região de Coimbra, seguindo para norte, encontramos gente simples, que até há pouco tempo vivia em palheiros. Famílias inteiras, várias gerações, que partilhavam o mesmo espaço para dormir, comer e viver, mas que partilhavam sobretudo uma tradição, um saber-fazer, um estar, um ser e um sentir. Nas praias, o mar está quase sempre bravo e revolto.
“Está mar dum cão” ou “É o marzão! É o mar ruim!” – como diziam as peixeiras.
As embarcações de Arte Xávega têm características singulares: a forma de um crescente de lua, o fundo plano e a proa bastante elevada para suportar o impacto das ondas. Antes de entrarem no mar, os barcos são armados na praia com as redes, sendo depois empurrados para a rebentação das ondas. É de coragem!
Outrora possantes juntas de bois, guiadas por adultos e crianças, arrancavam das profundezas do mar, redes com cardumes de carapaus, sardinhas, petingas, cavalas, por vezes, raias, tremelgas e robalos.
A arte xávega é uma arte tradicional de pesca portuguesa que está em vias de desaparecer. Sua evolução ao longo dos séculos é mínima, mesmo que tratores e motores tenham substituído os bois e remos usados no passado.
A forma de o pescar é diferente, mas a qualidade do produto mantém-se, numa mesa habituada a conviver com a excelência que lhe chega das águas frias do pedaço de Atlântico que beija as nossas praias, marcando o ritmo das gentes da faina.
O barco desenrola sua rede em um arco a cerca de dois quilômetros da costa. A rede é então puxada mecanicamente e dura cerca de duas horas. O pescado é imediatamente vendido na praia, em leilão.
Esta técnica de pesca envolve cerca de dez homens que geralmente saem ao mar duas vezes por dia, de Abril a Outubro.
O essencial permanece, transformando-se em testemunho de autenticidade e atraindo a atenção de turistas e viajantes, que podem disfrutar de um território que soube conjugar tradição e inovação, respeitando as artes, criando e recriando as histórias, e sabendo valorizar os produtos locais e a autenticidade das gentes.
No Município da Figueira da Foz pode testemunhar esta arte nas praias do sul do concelho: Praia da Costa de Lavos e Praia da Leirosa.
Na Região Centro, encontramos ainda presente esta tradição nos concelhos de Figueira da Foz, Mira e Cantanhede.
A Arte Xávega é uma tradição que, de ano para ano, se vai perdendo em algumas praias de Portugal.

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Boas cachadas e obrigado pelas visitas...
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