O cache fica localizado num dos oásis do estado do Ceará – SERRA DA IBIAPABA, mais precisamente em UBAJARA, bem próximo do Parque Nacional, distante 310 km de Fortaleza-CE e 289KM de Teresina-PI, numa área de um antigo engenho que corresponde a 10.000m2 , onde atualmente as pessoas que visitam passam por uma experiência única, onde irão ouvir o canto dos pássaros, o mugir do gado, sentir o cheiro do mato e ainda a água correndo pelas cachoeiras, fazendo com que reportem-se a um ambiente rural, calmo, cercado de natureza por todos os lados e ainda vivenciando o clima ameno das serras. Para os primeiros que encontrarem terá presentes dentro.
História
Sítio Matriz Engenho Velho, sediado em Ubajara-CE, perfazendo uma área de 93he, sendo 55he de mata nativa, resquícios de Mata Atlântica, pertencente à família Aristides.
O casal Joaquim Aristides dos Santos e Maria Soares Santos tiveram 10 filhos, sendo 05 homens e 05 mulheres, conseguiu formar 02 deles, um em medicina e o outro em Engenharia Civil, os demais homens assumiram a gestão dos negócios da família – agropecuária, e as mulheres, como era peculiar à época, direcionaram-se para as atividades domésticas, apenas uma delas adentrou para a vida religiosa.
Destaca-se especialmente o filho Valdemar Aristides dos Santos - que geriu os sítios situados na Serra, mais precisamente em Ubajara-CE e Francisco Aristides dos Santos - que geriu as fazendas situadas em Cariré e Tamboril, localizadas no semiárido cearense. Família regida por princípios éticos sólidos, pautada por uma amizade fraternal sem igual, mantiveram os bens em condomínio e todos se apoiavam na gestão, e todos participavam da lucratividade.
Nos áureos tempos da década de 50, mais precisamente no apogeu das culturas da cana-de-açúcar e café havia no Sítio Matriz Engenho Velho uma locomotiva ao vapor, que gerava energia para alimentar todo um complexo, constituído de engenho de rapadura, serraria e máquina de pilagem de café. No engenho, fabricava-se rapadura, a qual era comercializada para o sertão, através de comboieiros e caminhões via Crateús.
Já na serraria, preparavam-se madeiras destinadas à construção, tanto as de produção própria, como também terceiros, de quase toda a Ibiapaba traziam suas matérias-primas – a madeira, para ser beneficiada no Sítio Matriz Engenho Velho, inclusive o madeiramento dos Patronatos de Viçosa do Ceará e Ubajara foi oriundo de lá. Com a máquina de pilagem de café, não foi diferente, tanto beneficiava o café de sua própria produção, como também beneficiava o café de outrem. Desta forma o Sítio Matriz Engenho Velho foi destaque em toda a região Ibiapabana.
Na década de 70, houve a implantação do café do IBC (Instituto Brasileiro de Café) com as variedades de mudas Mundo Novo e Catuaí, no Sítio Matriz, onde as primeiras mudas foram plantadas pelo próprio governador, tanto no campo como no jardim da propriedade, que existe até hoje. Inclusive o proprietário do Sítio Matriz Engenho Velho presenteou o governador do estado com um lote de terra, para construir uma casa de veraneio. Neste período a produção do sítio foi fantástica chegando a 1000 alqueires de café por safra. Mas com a escassez das chuvas a produtividade do café diminuiu fazendo com que os produtores se desestimulassem dos tratos culturais e abandonassem a cultura do café.
Ilustra-se com umas curiosidades: o Sítio Matriz Engenho Velho foi o primeiro usuário de energia elétrica de Ubajara, como também foi um dos 20 primeiros a instalar telefone. Ousaram também na construção de uma residência de 02 (dois) pavimentos, numa arquitetura portuguesa, com a predominância de arcos.
Retomando a discursão econômica, com a chegada da Usina Agroserra na cidade de Ibiapina os agricultores regionais passaram o foco para a cultura da cana-de-açúcar, a qual era vendida para a respectiva Usina, destinada ao fabrico de álcool. Nesta conjuntura o Sítio Matriz Engenho Velho ocupou a 5ª colocação como maior produtor/fornecedor, totalizando 6.000 toneladas por safra, neste período a gestão do sítio estava a cargo do filho primogênito de Valdemar Aristides, Joaquim Aristides Neto.
Posteriormente com o declínio do programa PROÁLCOOL e consequentemente a decadência da usina em pauta, foi redirecionado mais uma vez, a cana-de-açúcar para o fabrico da rapadura.
Em outubro/97, o administrador Joaquim Aristides tive grande avanço no âmbito do engenho de rapadura, introdução da rapadura em vários tamanhos e sabores, sendo adicionadas polpas de frutos, oriundo do próprio sítio, a qual foi direcionada para outros mercados consumidores a merenda escolar e supermercados; registro destes produtos no Ministério da Saúde, e na EAN Brasil, para a implantação de códigos de barras dos mesmos; foi introduzido também o melado e o açúcar mascavo no mix dos produtos; participação em várias feiras de produtos artesanais e agropecuários tanto no interior do estado como na capital.
Então a proposta da família Aristides hoje, que continua residindo no Sitio Matriz, a qual está na terceira geração, revigorada pela energia de 02 filhos que comporão a 4ª geração, em anos vindouros, propõe a revitalização econômica do respectivo sítio, sob outros moldes e atividades – Turismo Rural. Agora com nova proposta e nova marca: ENGENHO VELHO. Já que dispõe de vários atrativos tais como: uma casa sexagenária, com uma arquitetura em forma de arco, um engenho, uma capela, é muito arborizada, com plantas nativas, trilhas e cachoeira, inclusive a Piguruta, famosa cachoeira do município de Ubajara, que estava encravada no Sítio Benfica, pertencente também a família Aristides, o qual está interligado ao Sítio Matriz.