O Estaleiro da Lisnave - Mitrena
Na zona do estuario do Sado, mais precisamente na Mitrena, existe um grande estaleiro. Com a celebração do Contrato de Reestruturação da atividade de Manutenção e Reparação Naval em 31 de Dezembro de 1993, constituiu-se a empresa Lisnave Estaleiros Navais S.A., que de forma programada concentrou toda a atividade no estaleiro da ex-Setenave, saindo do estaleiro da Rocha em Outubro de 1998 e encerrando o estaleiro da Margueira em 31 de Dezembro de 2000.
Para atender à capacidade de reparação acordada, foram construídas 3 novas plataformas para reparação de navios com as dimensões “Panamax” - servidas por uma eclusa comum, com sistema de bombagem capaz de elevar os navios ao nível de entrada nas plataformas, designadas por docas 31, 32 e 33, o que foi uma inovação a nível mundial em termos de conceito de docagem desenvolvida e executada pela engenharia nacional.
Modernização do estaleiro e preocupação ambiental
A Lisnave está a apostar na modernização dos seus processos produtivos, com impacto no ambiente e no consumo energético, tendo instalado um parque fotovoltaico para autoconsumo, substituído a iluminação por “LED”, bem como o sistema de aquecimento de água para os balneários dos trabalhadores, por painéis solares contribuindo assim para a redução das suas emissões de CO2.
Em matéria de proteção do ambiente, destaca-se a substituição progressiva do sistema de decapagem dos navios em pintura no estaleiro com a utilização da hidrodecapagem e a eficiência das estações de tratamento de águas residuais, as quais, autonomamente, permitem o tratamento de quase todos os efluentes gerados na instalação, incluindo os provenientes dos trabalhos realizados em doca. Aqueles que não podem ser tratados nas ETAR da Lisnave são reencaminhados por gestores de resíduos habilitados.
O Estaleiro participa ativamente na proteção ecológica dos mares e oceanos e das espécies marinhas que neles vivem procedendo à instalação de tratamento de águas de lastro dos navios e instalando sistemas de tratamento de gases de escape para redução do CO2, para que estes cumpram as exigências dos Regulamentos Internacionais (IMO).
Em 2021, relativamente aos resíduos gerados e numa perspetiva da economia circular, cerca de 90 % tiveram como destino a reciclagem ou valorização, no âmbito da qual se pode evidenciar o exemplo da granalha batida, resíduo que é encaminhado para a indústria cimenteira, como aditivo em ferro, para o fabrico de cimento, sendo importante referir que, praticamente, todas as unidades existentes no território nacional são abastecidas com este material.
A Cache não está nestas coordenadas.
Para lá chegarmos, vamos com Bocage num pequeno Tour para conhecer um pouco da história desta empresa.
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Divirtam-se!!!