A PRAÇA:
Ao longo do tempo, a Praça do Comércio sofreu várias alterações toponímicas:
Praça, Praça de S. Bartolomeu e Praça Velha (esta última ainda muito comum entre a população conimbricense).
A sua actual denominação provém do facto de a praça ter sido o espaço de eleição do mercado da urbe, deixando de o ser em 1867, aquando da inauguração do mercado de D. Pedro V, na Praça Nova. Mais tarde, em 1974, a Associação Comercial solicitou à autarquia a alteração de Praça de S. Bartolomeu para o actual título: Praça do Comércio.
Situada bem no meio da Baixa de Coimbra, a Praça do Comércio, com forma de hexágono irregular, articula-se com várias artérias da cidade, sendo encerrada nos seus flancos pelas igrejas de S. Bartolomeu e de S. Tiago, duas construções edificadas nos arredores da cidade muralhada, exteriores à cerca de Almedina.
A Igreja de S. Bartolomeu, que chegou a dar um dos nomes à praça, remonta ao século X. Há alguns anos, aquando de trabalhos de restauro, foi descoberto espólio que remonta ao período da primeira fundação. No interior, pode-se completar uma grande tela alusiva ao martírio de S. Bartolomeu e num retábulo destacam-se as pinturas alusivas à morte e ressurreição de Cristo.Do lado aposto, a Igreja de S. Tiago remonta ao tempo da reconquista cristã. A construção "resulta do agradecimento de Fernando Magno ao Apóstolo, por ter ajudado a expulsar os Mouros". Foi também neste templo que esteve instalada a Misericórdia de Coimbra, após a fundação em 1500.A par destes monumentos que marcam uma das mais antigas praças de Coimbra, a referência ao antigo Hospital Real é incontornável. A instituição, antecessora dos Hospitais da Universidade de Coimbra, era dotada de salas de convalescença e espaços privativos para os doentes portadores de doenças especiais.
Actualmente, a Praça do Comércio é marcada pelo destoar arquitectónico. As casas com as janelas de guilhotina, as portas de madeira e as belas varandas de ferro forjado, que são a principal memória de um passado burguês, contrastam com as lojas de alumínio características no rés-do-chão dos prédios. Um factor que representa também uma carência, pois os transeuntes mais distraídos são até capazes de não repararem no património que a Praça do Comércio envolve.Em 1984, deu-se o regresso do pelourinho à praça.O pelourinho da Praça do Comércio esteve exilado durante 373 anos. Saiu da praça em 1611 para o Largo da Portagem, onde esteve até 1836. Posteriormente, esteve guardado e regressou à praça em 1984. No entanto, algumas peças que o compunham desapareceram.
Ali funcionou o Hospital Real, fundado em 1508 por D. Manuel I, estando o claustro, a capela e demais dependências ocupados por casas comerciais.
Fonte: livro "Ruas de Coimbra", de Mário Nunes e jornal "Público".
A CACHE:
A cache é um container small permite pequenas trocas.Tem Logbook e material de escrita. Tentem ser discretos por ser local de passagem.
Aproveitem para contemplar toda a beleza da Praça e das ruas adjacentes.