Natureza suprema, um território de montanha nobremente modelado pelo Homem e arte românica convivem no Vale Varosa, naqueles que outrora foram os caminhos dos monges de Cister. A rota pelo vale do rio Varosa, um dos inúmeros afluentes do grande Douro, concentra povoações monumentais, jóias da arquitectura românica, desfiladeiros vertiginosos, vinhedos milenares, miradouros de cortar a respiração e uma suculenta gastronomia. Lamego é a porta de entrada para este território mágico.
Tal como o rio Paiva, o rio Varosa nasce na serra de Leomil, mais propriamente em Varzea da Serra. Corre para Norte para desaguar em frente do Peso da Régua. Foi provavelmente nesta zona do Douro, centrada na cidade de Lamego, que nasceu o vinho generoso que viria a ser aprimorado no Vinho do Porto. Da importância que teve no início da nacionalidade ficam os numerosos monumentos românicos e, dentre estes, belíssimas pontes.
Um pouco antes de encontrar o Douro, o rio Varosa é retido numa barragem. É logo abaixo do paredão da barragem que vamos encontrar a ponte da Geia que liga, através de um caminho antigo, as povoações de Sande e Valdigem. Mais a montante temos a ponte de Recião e a ponte de Vila Pouca.
A ponte mais interessante desta zona é, em minha opinião, a ponte de Ucanha. É uma ponte fortificada, em excelente estado de conservação, de grande beleza. Dois exemplares magníficos de pontes românicas são a ponte de Mondim da Beira e a ponte de São João de Tarouca.
Ainda no rio Varosa, já muito a montante, encontramos dois pontões próximos de Vilarinho. Um pontão mais a jusante e um pontão mais a montante.
O Rio Balsemão é o principal afluente do Varosa. Junto à sua foz existe uma ponte submersa pela barragem do Varosa. Em Lamego podemos encontrar uma ponte no Bairro da Ponte e, mais a montante, a ponte de Lamelas.
A ribeira de Salzedas é outro dos afluentes do Varosa e nela encontramos a ponte das Regadas, a ponte da Azenha e a ponte do Mosteiro. Esta última passa desapercebida pois está debaixo das estrada que ladeia o Mosteiro de Salzedas.
O terceiro afluente do Varosa é o ribeiro de Tarouca, também conhecido localmente como rio Barosela. Neste rio encoontramos a ponte Pedrinha, em Tarouca, a ponte de Revolta, em Lalim, e a ponte Barosela, em Lazarim. Na porção alta desta linha de água, designada rio do Santo nas cartas militares, encontramos uma ponte em Várzea da Serra. Uma inscrição na pedra tem a data de 1928 pelo que poderá ser bastante recente.
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