Estávamos no ano de 1930, quando uma tal de Dª Amélia de Perdigão tinha na sua quinta um cão enorme de raça desconhecida que metia respeito e mantinha bem à distância quem ousasse aproximar-se do palacete.
Um dia, parece que animal desapareceu da Quinta do Perdigão, e a partir daí, deu muito que falar na região.
Muitas histórias nessa altura foram inventadas, ou talvez não.
Havia quem chamasse de loba, outros, raposa, que atacava os animais com as suas garras, dizimava rebanhos, coelhos, galinhas, matava vitelos, e havia quem dissesse que chegou a matar um burro.
As gentes da zona, formaram grupos armados com paus e caçadeiras, com o intuito de encontrar a loba e a abater.
Na altura, tal era o medo, que chegaram a pensar evacuar a Vila.
Quando finalmente o animal foi abatido, verificou tratar-se apenas de uma cadela, raça pastor alemão, que era muito pouco conhecido na altura em Portugal.
E fui assim que Lourinhã ficou conhecida como “Terra da Loba”…