Presume-se que a palavra Leça ou Leza deriva do nome de uma villa romana chamada Decia, Villa Decia. Balio deve fazer alusão a um cavaleiro de grau superior ao de comendador, proprietário de balia, antiga comenda das ordens militares.
Com o decorrer dos anos, a sua designação original já referida, Bailio, foi sendo gradualmente alterada pelo uso popular, desaparecendo o primeiro "i" da palavra e da respetiva pronúncia. Tal não mudou no entanto a forma de leitura da letra "a" contida na palavra, nem tão pouco a leitura da letra "i" remanescente na mesma. Por isso mesmo a pronunciação da primeira sílaba da palavra lê-se como se estivesse acentuada, Bá, à semelhança das primeiras sílabas nas palavras pata ou mata. A segunda sílaba, "li" deve ser pronunciada como nas palavras limão ou literal. Por fim a sílaba "o" deve ler-se à semelhança da letra "u", como é exemplificado pela palavra Tu.
História
De acordo com várias investigações arqueológicas levadas a cabo na região, existem indícios da existência de monumentos megalíticos em freguesias vizinhas, o que poderá significar que Leça de Balio já era ocupada há milhares de anos, desde o período Neolítico. Indícios de um pequeno castro da idade do Ferro foram também encontrados na elevação de Recarei, hoje Lugar de S. Sebastião.
Encontram-se duas pontes de origem romana que comprovam a presença desta civilização, entre as quais a Ponte da Pedra (hoje de feição medieval), sobre o rio Leça, e outra próxima do Araújo, a Ponte dos Ronfos ou da Azenha (cujos vestigíos são mais evidentes). Da época romana também teria havido a Villa Decia e um templo dedicado a Júpiter (apontado no local onde hoje se situa o mosteiro de Leça).