A Lagoa da Ervedeira situa-se na freguesia de Coimbrão, concelho de Leiria. É a única praia lacustre do distrito de Leiria, com 700 metros de extensão. Esta lagoa situa-se na transição entre a Mata Nacional do Urso e a Mata Nacional do Pedrógão, a norte do Pinhal de Leiria. Fica a 6 km da conhecida Praia do Pedrógão. Esta lagoa de água doce está rodeada de pinheiros bravos e mansos, eucaliptos, rosmaninho, alecrim, samouco …
Local ideal para passeios, piqueniques (equipada com parque de merendas e parque infantil). Pesca, desporto e caminhadas em torno de toda a zona circundante da lagoa são outras das infraestruturas.
Este local é uma zona rica em fauna e flora onde os animais e plantas reinam em harmonia neste habitat natural. Consegue fazer a delícia de pescadores desportivos, de praticantes de desportos náuticos e de banhistas.
A Lagoa da Ervedeira, ocupa uma área de 25 hectares cujo solo é predominantemente florestal. As suas características particulares decorrem do seu substrato geológico e da sua posição relativamente ao litoral. A sua fauna aquática é constituída por Carpas, Percas do Sol e Achigãs, Pato Real e a Galinha de Água.
Insere-se num cordão dunar, entre as Matas Nacionais do Urso e do Pedrógão. O seu nome deriva da palavra “ervado” que significa medronheiro. Apesar da sua localização a cerca de 6 km do litoral, não se trata de uma lagoa costeira. Situando-se numa área com uma topografia pouco acidentada, constituída por areias, arenitos e argilas, a altitude situa-se entre os 40 e os 60 metros, existindo algumas depressões encaixadas no terreno correspondentes a própria lagoa.
Na paisagem da Lagoa é possível distinguir duas áreas diferenciadas; A cobertura de pinheiros bravos e arbustos que constitui a mata circundante e a lagoa propriamente dita, com as margens adjacentes. Este ecossistema natural de grande riqueza biológica constitui o habitat ideal para algumas espécies e representa um óptimo local para a Invernada de aves migradoras, pois é um sítio sossegado e com alimento abundante.
Estes ecossistemas defendem ainda as terras interiores da agressão da salinidade, preservando os litorais da erosão marinha e funcionam como reguladores do clima. A zona oeste da Lagoa é composta por dunas que se dispõem em cordões sensivelmente paralelos ao litoral. A Este, os terrenos apresentam uma constituição igualmente arenosa, mas com materiais mais grosseiros, sendo que a lagoa estabelece a fronteira entre as duas formações, ambas bastante permeáveis. Conjuntamente com a Mata Nacional do Urso, a lagoa foi considerada um sítio de interesse para a Conservação da Natureza, encontrando-se classificada como Biótopo CORINE – Programa da Comunidade Europeia para sítios de interesse científico e conservação da natureza. De acordo com o “Programa CORINE Biótopos”, encontram-se nesta área espécies com o estatuto de conservação, de ameaças de extinção e importantes aves migratórias.
Em relação a flora local, a lagoa encontra-se envolvida, na sua quase totalidade, por um povoamento florestal litoral, cuja espécie dominante e o pinheiro-bravo e algumas manchas de pinheiro-manso, eucalipto e acácia . Também e possível encontrar aqui espécies de porte arbustivo como sendo o samouco, o medronheiro, a urze, a camarinheira, entre outras.
Na lagoa, a vegetação aquática é composta por extensos povoamentos de caniço, que constituem um importante abrigo para a nidificação de varias espécies de aves. Em termos faunísticos, foram identificadas na lagoa três espécies de peixe: a carpa, a perca-sol e o achigã. As espécies mais comuns são anfíbios como a rã-verde e o sapo-comum. Na área circundante da lagoa foram identificados o sardão, a lagartixa-do-mato-iberica, a cobra rateira e a víbora-cornuda, a qual está ameaçada de extinção. De toda a fauna da Lagoa, a avifauna merece especial atenção pela sua representatividade na zona. Constituindo um importante nicho ornitológico, nomeadamente durante a época de Inverno, podem ser aqui encontradas 19 espécies de aves, distribuídas da seguinte forma: no pinhal periférico nidificam alguns casais de milhano – espécie rara – de rola , de perdiz-vermelha, de pato-reale de galinha-d’agua.
No caniçal marginal encontram-se a garça-pequena, a fuinha-dos juncos e o rouxinol-grande-dos-caniços. Por fim, em relação aos mamíferos, destacam-se as seguintes espécies: o musaranho-de-dentes-brancos, a toupeira, a lebre , o coelho-bravo, o rato-cego, a gineta e a raposa.
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