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A Caminho da Montanha Sagrada Traditional Geocache

Hidden : 11/22/2020
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
3.5 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:



Siga as normas de conduta de forma a preservar a paisagem e a biodiversidade bem como a sua segurança: respeite a sinalização existente e não saia do percurso definido; não danifique a flora nem perturbe a fauna; não recolha plantas, animais ou rochas; respeite os usos, costumes e tradições da população local; não faça fogo; evite andar sozinho; utilize vestuário e calçado adequado às condições climatéricas.




A Caminho da Montanha Sagrada

A Caminho da Montanha Sagrada

Localização/acesso: a sensivelmente 600 metros de altitude, no trilho que une a aldeia do Cerquido e os Quartéis e Capela de Santa Justa ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição do Minho.

Esta cache dá a conhecer, através de um passeio pelas pedregosas vertentes sul e nascente do maciço granítico da Serra d’Arga, a riqueza paisagística, biológica, geológica, patrimonial e imaterial desta que é uma das áreas mais emblemáticas do Alto Minho.

"A nossa Serra de Arga
É uma serra de beleza;
Tem em todo o seu redor
Encantos da natureza.
"

Cancioneiro da Serra d’Arga


A Serra d’Arga emerge e ascende aos céus em pleno coração do Alto Minho. Esta montanha sagrada, que culmina a 825 metros de altitude no Alto do Espinheiro, conta com uma área de 4.493 hectares que abrange os concelhos de Caminha, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, onde se podem encontrar 546 espécies de plantas vasculares e 186 espécies de vertebrados selvagens.


A Lenda

Nisto de histórias e lendas, a realidade e a fantasia andam sempre de mãos dadas. Não deixem de acreditar, mas lembrem-se de que quem conta um conto acrescenta um ponto.

Reza a lenda que na década de quarenta do século passado, dois párocos de Ponte de Lima e Estorãos sonhavam em edificar um cruzeiro ou um templo num lugar alto e remoto, que fosse visto por todos, para que todos pudessem venerar a imagem da Senhora do Minho, a padroeira de todos os minhotos.

Depois de muito procurarem por todo o Alto Minho, estes dois religiosos, que seriam os padres Manuel Correia e José Augusto Alves, acabariam por escolher o alto da Serra d’Arga, local ermo que acentua a natureza de mistério que envolve esta montanha.

Estava um lindo dia, quente e seco, quando chegaram ao Cerquido com a imagem da santa em pedra. Meteram por uma bouça e começaram a subir. Um atalho estreito de pastoreio conduzia-os ao alto.

Quando nisto iam, pé ante pé, com a cabeça no topo e olhos no chão, a serra, certamente em sinal de comoção, soltou um pranto tumultuoso.

Subitamente, deixaram de ver o alto que desapareceu por entre o grosso nevoeiro que descia pelas encostas. O céu enegreceu. Trovões, chuva, vento, o Dilúvio relembrado.

Os pobres vigários, não conseguindo continuar, abrigaram a santa como puderam e regressaram à aldeia antes que caísse a noite.

Na manhã seguinte não havia sinal da tempestade da véspera. Os padres regressaram à serra e seguiram pelo mesmo caminho em busca da imagem da santa. Nada os havia de preparar para o que encontraram.

A ladeira onde a haviam deixado estava repleta de cabras e ovelhas que ali se tinham juntado oriundas de toda a serra. No centro repousava a santa, envolta por um manto de erva fresca e viçosa. Tal fora o milagre que transformou a encosta pedregosa e granítica da véspera num imenso manto verdejante.

Feito o milagre, a santa seguiu o seu destino. Foi colocada bem lá no alto, com a sua espiga de milho, numa pequena e modesta capela à imagem de um simples abrigo de pastores.


O Caminho

Na Serra d’Arga não existem muitas vias romanas ou pré-romanas. Eram apenas as necessárias para a comunicação entre os povoados (castros) ou para a exploração do ouro, possuindo a dimensão e a configuração de carreiros.

Mais tarde, os romanos serviram-se deles e valorizaram-nos, rasgando caminhos bem mais largos com o objetivo de permitir a passagem dos soldados e transportar os cereais, os metais e os escravos. Geralmente, estas vias eram formadas por grandes lajes de pedra com dois sulcos laterais, separados pela distância de um rodado. Os caminhos romanos uniriam as vilas e a ligação entre Caminha e Ponte de Lima, por atalho, era feita pela Serra d’Arga.

Na Idade Média apareceram outros caminhos, secundários, de acesso a conventos e a templos, conduzindo às estradas de ligação a Santiago de Compostela, ponto de referência marcante na direção de alguns caminhos na Serra d’Arga. Os caminhos medievais que retalham a Serra d’Arga, assentes sobre os primitivos percursos romanos, podem ser classificados em dois tipos:

- Os caminhos em carreteiro, que correspondem aos caminhos para veículos e pessoas, geralmente em terra batida ou cascalho, permitindo uma mobilidade mais fácil e direta entre as várias aldeias serranas;

- Os caminhos de pé posto que dizem respeito aos carreiros e veredas vocacionados unicamente para pessoas e animais, assentes em lajes de granito, prolongando-se de forma mais ou menos tortuosa, de acordo com o espaço físico-geográfico dos vales e encostas declivosas. Marcados pelos sulcos dos carros, são os atalhos que levam à serra ou às leiras, dando acesso aos moinhos, às pontes ou aos ribeiros, vencendo, geralmente, grandes inclinações.

O caminho (PR2 VCT) enquadra-se no Trilho dos Pastores que se desenvolve, essencialmente, pelas encostas e topos da Serra d’Arga. Trata-se de um caminho em lajeado de granito por entre o caos de blocos na encosta do Cerquido.

Caminho


A Paisagem

A 600 metros de altitude, sensivelmente acima da meia encosta granítica da Serra d’Arga, o panorama abarca os férteis vales dos rios Estorãos e Lima, o sistema de povoamento disperso tradicional do Alto Minho e a Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos. Em posição de destaque, a vila de Ponte de Lima, que se vislumbra entre a Serra de Antelas e o Alto de Santo Ovídio, bem como o característico Alto de Estorãos e a aldeia do Cerquido. Para lá das serranias que se elevam sobranceiras a Ponte de Lima, conseguem avistar-se as despidas penedias graníticas do sistema montanhoso das serras da Peneda e do Gerês.

Na encosta voltada para os Quartéis e Capela de Santa Justa é possível observar um vale do tipo covão, com uma morfologia tendencialmente circular, que se terá formado em resultado de um episódio de deslizamento de gelo das encostas, indiciando um paleoambiente glaciar. Assinalam-se pequenas morfologias de relevo e de afloramento que remetem para a possibilidade de vestígios de erosão glaciar, nomeadamente através da deposição de sedimentos, possivelmente transportados por massas de gelo.

Paisagem


O Património

Os povoados de montanha estão sujeitos a condições mais agrestes do que os povoados das baixas altitudes. As formas do relevo e a dependência da proximidade de uma linha de água exercem uma grande influência sobre a construção da paisagem humanizada na montanha.

Apesar da baixa fertilidade dos solos, surgem nas encostas mais suaves e menos declivosas da serra alguns indícios de humanização, nomeadamente os cantões e os fojos. Também as marcas da exploração mineira de volfrâmio podem ainda ser por aqui observadas, nas proximidades da ribeira de Água Levada.

Os cantões de gatenho são propriedades de pequena e média dimensão, vedadas por muros de xisto, com formato geralmente irregular, destinadas maioritariamente à produção silvícola para as cortes dos animais. Constituíam pertença das famílias serranas mais proeminentes, as quais convidavam os amigos e os vizinhos para as descidas do gatenho, dado não ser possível o acesso por carro de bois.

Os fojos do lobo são armadilhas permanentes construídas em pedra, constituindo um caso singular de especialização técnica na caça ao lobo, marcando o terreno. Correspondem a dois muros altos de pedra solta, dispostos em “V”, cada um deles podendo atingir até 1 quilómetro de extensão, que convergem para um fosso, previamente dissimulado com vegetação, também construído com pedra solta. A construção de um fojo implicava a mobilização de várias povoações, principalmente para o transporte, em carros de bois, das toneladas de pedras necessárias.

Património


A Cache


O acesso às coordenadas finais, onde se encontra a cache, será possível através do trilho (PR2 VCT) com início a meio caminho entre a aldeia do Cerquido e os Quartéis e Capela de Santa Justa ou a partir do topo da serra, junto ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição do Minho.

A Cache - A cache contém o habitual cache note /log book, e lápis. Tem espaço para trocas.

Por favor voltem a colocar a cache no mesmo local e bem escondida como estava.
Esperamos que gostem do passeio. Tirem fotos do local e publiquem.

Obrigado pela vossa visita.


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Additional Hints (Decrypt)

[PT] Qb ynqb qvervgb cnen dhrz fbor. B crarqb rfpbaqr b frterqb. [EN] Ba gur evtug fvqr, vs lbh ner pyvzovat. Gur ebpx uvqrf gur frperg.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)