A criação do Museu do Vinho, na Vila da Madalena, deve ser entendida como uma inevitabilidade histórica. A organização de um museu subordinado à temática da vinha identifica-se com a principal atividade económica exercida pela comunidade que ocupou este território, desde o seu povoamento. Na Madalena reúnem-se, de facto, várias condições favoráveis para se construir um museu de memórias e tecnologias agrícolas associadas ao vinho, quer pela extensão e expressão da vinha que domina a paisagem, quer pela existência de um espaço que, durante séculos, foi dedicado ao fabrico do vinho: as instalações agrícolas que pertenceram ao Convento do Carmo – magnífico imóvel, dos sécs. XVII-XVIII, mansão de veraneio dos frades carmelitas sedeados na cidade da Horta –, símbolo arquitetónico da fase opulenta do Ciclo do Vinho Verdelho, na ilha do Pico