Esta geocache faz parte do Roteiro de Caches por Montemor, criado no âmbito de um Mestrado em Política Cultural Autárquica e pretende dar a conhecer cada uma das freguesias do concelho de Montemor-o-Velho.
O roteiro é composto por 14 caches.
Espero que tenham um belo passeio e boas cachadas!
Nota: Todas as caches contém logbook mas é necessário levar material de escrita.
Sê discreto durante a procura, tem cuidado ao manusear as caches e volta a colocá-las no lugar de forma a garantir a sua longevidade.
A Freguesia da Abrunheira
Em 1747, a Abrunheira seria um lugar pertencente à freguesia de Reveles. Tinha termo no crime de Montemor-o-Velho e no cível do Couto de Verride, sendo um dos lugares que o compunha. Abrunheira foi vila e sede de concelho entre 1836 e 1855.
A sua toponímia teve origem no fruto “abrunho”, nome que evoluiu para “Bruinheira”, “Bruinhedo” e, posteriormente, “Abrunheira”.
Pela reorganização administrativa de 2013, esta freguesia foi agregada a Verride e Vila Nova da Barca, formando assim a União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca.
É na freguesia da Abrunheira, do largo fronteiro à Igreja de Reveles (altitude de 114m), que se encontra o melhor miradouro de todo o concelho. Do local é possível observar simultaneamente as 11 freguesias do concelho (tendo em conta as uniões) e obter uma excelente vista panorâmica dos campos do Mondego. A partir dali, num dia limpo, consegue-se mesmo vislumbrar no horizonte as cidades da Figueira da Foz e Coimbra e as Serras da Boa Viagem e da Lousã.
Relativamente ao património local, destaca-se a Igreja Matriz no lugar da Abrunheira (dedicada a Nossa Senhora da Graça) e a de Reveles (Igreja de Nossa Senhora do Ó), a Casa Nobre do Morgado e a Capela de Santo António (também designada por Solar dos Ornelas ou Nápoles e Capela de Santo António), classificada como Imóvel de Interesse Municipal. Este conjunto destaca-se pela forma harmoniosa com que se integra na malha urbana, através de um longo frontispício de linhas sóbrias, no extremo do qual se ergue um pequeno templo.
A Casa Nobre do Morgado terá sido edificada na segunda metade do século XVII e é atualmente uma casa de habitação sazonal. Apresenta uma extensa fachada, composta por nove janelas no piso superior e seis no piso térreo, tendo sido colocado no portal de cantaria, de moldura curva encimado por frontão interrompido, o brasão de armas dos Ornelas, Abreu, Fonseca e Moura. No alinhamento deste alçado, surge a capela, num plano mais recuado, com acesso direto para a via pública através de um portão. A Capela de Santo António é objeto de grande devoção da população local, sendo aberta aos fiéis anualmente (junho), com a celebração de uma missa e de uma procissão no dia do padroeiro, tradicionalmente considerado o protetor da povoação desde a época das Invasões Francesas.
Na freguesia existe um parque de merendas inaugurado em 2007, junto a um antigo lavadouro. O espaço é bastante agradável e recatado, dispondo de churrasqueiras e de um grande jardim. Apesar de a entrada para o local passar despercebida, vale a pena a visita.
Em termos culturais, salienta-se a ação da Filarmónica de Instrução e Recreio de Abrunheira (FIRA) e da União Recreativa Cultural da Abrunheira (URCA).
Na freguesia da Abrunheira existe um percurso de arte urbana, que não deixa indiferente o olhar dos que por lá passam.
A Fonte Nova
Reedificada em setembro de 2009, esta Fonte destaca-se pelo ótimo estado de conservação e dimensão. Junto à entrada da freguesia, a simplicidade e beleza da fonte combinam com o lugar da Abrunheira, que merece ser conhecido.
Informação consultada através da página do Município de Montemor-o-Velho, da página da União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca, página da Direção-Geral do Património Cultural e da obra Terras de Montemor-o-Velho de A. Santos Conceição (1992).