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AGT(G) - Santuário Senhora da Boa Nova - Terena Traditional Geocache

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Geocaching HQ Admin: We hope you enjoyed exploring the Alentejo region of Portugal. The Alentejo GeoTour has now ended. Thank you to the community for all the great logs, photos, and Favorite Points over the last 3.5 years. It has been so fun!

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Hidden : 2/9/2020
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


 AGT(G) - Santuário Senhora da Boa Nova - Terena

A vila de Terena fica localizada a 62 Km de Évora no concelho de Alandroal e celebra anualmente a Festa da Senhora da Boa Nova. Considerada a festa cristã com mais simbolismo em Portugal, recebe todos os anos milhares de crentes que caminham descalços para pagarem as suas promessas e oferecem ouro e dinheiro à Senhora da Boa Nova.

O Santuário da Boa Nova está localizado 1Km de Terena, sendo um local fértil em vestígios arqueológicos onde existe uma lápide referente ao deus Endovélico à qual se somam achados que revelam a existência de importante Centro Religioso e de uma povoação dedicada ao culto pagão. Resultante da mudança de localização da vila, ao longo da história, e da· introdução de uma nova consciência religiosa colectiva, o culto cristão emerge consistente em solo lusitano. Embora tenham permanecido ao longo dos séculos reminiscências do culto pagão, entre os Séculos XIII e XVI a Festa da Senhora da Boa Nova substitui a invocação à Nossa Senhora dos Prazeres, exprimindo a exaltação de Maria aquando da Ressurreição de Jesus.

É no Domingo e Segunda-feira de Pascoela que acontece a romaria à Senhora da Boa Nova, ao contrário do que acontece na região onde se multiplicam as celebrações Pascais durante o período que abrange a Páscoa. No concelho de Alandroal, nomeadamente em Terena, a Pascoela resulta numa festa em honra da Senhora da Boa Nova e cujos preparativos e a própria romaria vão muito além de manifestações individuais de fé e exaltação ao culto Mariano. Após a Implantação da República, surge a primeira Comissão de Festas em Terena, regida por homens que acumulavam não só riqueza em terras mas também cargos no poder local. Durante os meses que antecediam a Festa da Senhora da Boa Nova, os festeiros distribuíam-se em funções como as ornamentações externas e internas da igreja, bazar, alojamento para as bandas, procissões, entre outras. O peditório para a angariação de fundos era feito pelos criados dos festeiros, os quais se encarregavam ainda da caiança, do arremesso de fogo-de-artifício, da armação do coreto e de outras tarefas que garantiam que a população cumpria com as normas impostas para a realização desta Festa. Ainda longe da data das celebrações já se trabalhava para a festa e a chegada de forasteiros e familiares obrigava à caiança das casas e murais, inclusive nos montes mais isolados.  Os objetos de uso caseiro que se iam adquirindo e as roupas compradas ou fabricadas em casa, só eram utilizados por ocasião da Festa da Senhora da Boa Nova. As carnes resultantes da matança do porco e de outros animais, eram guardados para partilhar com amigos, vizinhos e familiares que vinham de longe, ainda que para isso tivessem de viver da privação de alguns bens de primeira necessidade para se ressarcirem na aitura destas celebrações. Afastada a hipótese de realizar eventos de carácter recreativo durante as celebrações religiosas, a componente pagã desta Festa passava pelos celeiros e locais recônditos da localidade, onde o som do acordeão roçava a brisa noturna sem comprometer o convívio entre famílias e amigos, com uma devoção à Senhora da Boa Nova igualmente grandiosa.

Porque foi, e continua a ser, uma das mais importantes manifestações culturais e religiosas em Portugal, não surpreende o facto de se associarem cada vez mais forasteiros às referidas celebrações. Com a sua componente pagã perfeitamente enquadrada nas celebrações religiosas, a festa reúne não só pessoas movidas pela fé mas algo muito superior, só compreensível aos olhos de quem abre o espírito ao movimento de cada olhar, de cada gesto e de cada lágrima não contida, mal os andores cobertos de oferendas se deslocam pelas ruas. Parecendo deixar um imaculado rasto de paz durante a procissão, as imagens religiosas são veneradas pelo povo sedento por agradecer a sorte, a saúde, a família, a terra fértil, a chuva e o sol que alimentam as terras. Um povo que continuará a venerar a Senhora da Boa Nova e a preservar uma festa religiosa que mantém viva a identidade cultural e social do concelho de Alandroal.

Actualmente a organização da Festa da Senhora da Boa Nova cabe à Confraria da Senhora da Boa Nova, a qual substituiu a Comissão de Festas, extinta em 1990. Os confrades encarregam-se de manter preservados os procedimentos que antecedem a realização da Festa, distribuem tarefas pela comunidade e angariam fundos com vista à realização da Festa e ao melhoramento dos edifícios religiosos da freguesia de Terena.

ORIGEM HISTÓRICA

O dia maior da festa é a Segunda-Feira de Pascoela (feriado municipal no concelho de Alandroal), quando ocorre a Procissão solene de regresso ao Santuário, percorrendo as ruas do centro histórico de Terena. Paralelamente às festividades religiosas (que são o coração da romaria), a confraria organiza ainda uma série de acontecimentos (bailes, garraiadas, leilão das oferendas, etc.), que decorrem nos dias da festa, no recinto do Santuário e no centro da vila.

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA BOA NOVA DE TERENA

Trata-se de um santuário mariano bastante antigo, julgando-se que possa resultar da cristianização de cultos pagãos, visto que nas imediações da vila de Terena subsistem as ruínas do templo do deus Endovélico. As referências históricas a este santuário remontam ao século XIII, uma vez que nas Cantigas de Santa Maria, do Rei Afonso X de Castela, existem algumas composições dedicadas a Santa Maria de Terena. O templo é obra do século XIV, possuindo a característica de ser um raro exemplar português de igreja-fortaleza que chegou praticamente intacto aos nossos dias. A origem da invocação Senhora da Boa Nova parece estar ligada à lenda da Formosíssima Maria (Dona Maria, rainha de Castela), a filha do Rei D. Afonso IV de Portugal que se deslocou à corte portuguesa para solicitar a seu pai que auxiliasse o marido na Batalha do Salado.  Reza a lenda que a Rainha se encontrava neste local, nas imediações de Terena, quando recebeu a boa notícia da vitoria nessa mesma batalha, daí tendo nascido a invocação «Boa Nova». O culto mantém-se bastante vivo, sendo este santuário palco de uma grande romaria que se celebra no primeiro fim-de-semana posterior à Páscoa.  A importância desta romaria na região é de tal importância que a Segunda-Feira de Pascoela (dia principal da festa) é o feriado municipal do concelho do Alandroal. O Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova foi classificado Monumento Nacional em 1910.

Informação Adicional

  • Considere os atributos indicados. Podem ser uma boa ajuda;
  • Seja discreto e tenha atenção aos Muggle’s que possam eventualmente estar a observa-lo.  A manutenção desta cache para os próximos visitantes depende disso;
  • Preserve o Container, manuseando-o com cuidado e voltando a coloca-lo no exato sitio onde o encontrou;
  • Esta Cache não contem material de escrita. Deve leva-lo consigo (material de escrita);
  • Respeite o espaço e as regras do Geocaching não danificando o local, nem deixando qualquer tipo de resíduos/lixo;
  • Divirta-se!
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Additional Hints (Decrypt)

Zheb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)