Visita ao local onde antigamente era utilizado dia sim, dia sim, para ser lavado as roupas dos habitantes locais.
O vestuário marca um tempo, uma região, uma cultura.
Antigamente, a maneira das pessoas se vestirem era muito diferente de hoje. Usavam trajes bem característicos e próprios para os trabalhos nos campos. Quem não se lembra da cefeira e da mondadeira.
No tempo da monda usavam blusa de riscado ou chita, e uma saia que transformava em calças por meio de alfinetes de dama. Essa saia era quase sempre de riscado preto às riscas brancas. Por cima da saia tinham sempre um avental de preto. Na cabeça usavam lenços quase sempre de riscado aos quadradinhos brancos e pretos e um chapéu preto de feltro. Nos braços usavam uns manguitos para as protegerem do orvalho da seara. Nas pernas usavam as meias de linho cor de rosmaninho e umas zangorras de saca ou de estirão, para não se molharem. Pelas costas ponham uma saia de estamenha para se resguardarem do frio e da chuva.
Os homens, nas sementeiras, usavam camisas aos quadrados brancos e azuis ou brancos e vermelhos, atadas à frente por um nó, calças de zuarte ou cutim. Nas pernas safões e nas costas samarras de pele de borrego, de perferência castanhas.
No tempo da ceifa o fato das mulheres era igual ao que usavam nas mondas, só não colocavam as zangorras e a saia de estamenha. Nos dedos colocavam os canudos feitos de cana para não se cortarem com a foice. Os homens nas ceifas usavam as mesmas blusas aos quadrados e o mesmo tipo de calças. Tinham nas pernas safões de lona ou safões de pele de cabrito curtida. Ao pescoço usavam um lenço vermelho. Caído do chapéu usavam também um lenço de assoar para limpar o suor que lhe caía da testa.
Apartir de 1960 o fato de trabalho sofrem grandes modificações, devido às migrações para a borda de água. De lá troxeram o uso das ceroulas de zuarte e as saias pequeninas que aindam usam agora. Os lenços passaram a usar-se às flores.