Ligando a freguesia de Macieira da Maia a Bagunte, fica a chamada Ponte de D. Zameiro. Esta designação, surge num passo das ‘Inquirições’ de 1220, referentes à freguesia de Bagunte: ‘quod dominus rex Alfonsus dedit illa ad pontum de dommo Zameiro, et postea rex dommus Sancius concessil ei illa’. Ao invés deste autor, julgamos que a estrutura mantém o essencial da primitiva traça românica, apesar de ter sofrido diversas remodelações ao longo dos séculos. A ponte não se encontra classificada, mede cerca de 100 m de comprimento, 3,5 de largura, distribuídos por arcos de diferentes dimensões e formatos.
A ponte, era o ponto de passagem sobre o rio Ave da Via Vetera, que vinha da Arrábida (Porto) atravessando o Leça na ponte de D. Goimil e seguia para norte, ligando à Galiza. Em S. Simão da Junqueira, a via ramificava-se em duas sendo que uma seguia para Barcelos e Ponte de Lima por Arcos atravessando o Rio Este na ponte que dá o nome a esta povoação; a outra seguia pelo litoral (Esposende, Viana do Castelo,…) atravessando o rio Este certamente na ponte D’Este.
Daí que esta ponte, assuma um papel preponderante na definição do caminho que os peregrinos tomavam para Santiago de Compostela, estando, actualmente referenciada como o local de passagem do Rio Ave no Caminho Português de Santiago.
A ponte tem sofrido bastante pelo défice de conservação tendo ocorrido por diversas vezes aluimentos parciais, mais ou menos graves, que as obras de beneficiação que têm sido operadas têm tido dificuldade em evitar, em muito, resultado do desgaste provocado pelo rio, agravado neste últimos anos devido às intempéries ocorridas. Nós últimos trabalhos, os mais exaustivos, procedeu-se a uma consolidação dos arcos, mas também de uma grande parte do leito para que o rio seja menos abrasivo nos alicerces da estrutura.
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