A beleza absoluta |
"O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta."
Miguel Torga in "Diário XII"
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Não tem nada que saber: desloca-se até à coordenada indicada (a pé, de bicicleta, a cavalo, de motorizada, carrinha, autocarro ou em qualquer alternativa que lhe seja mais viável) e vira-se de costas para o rio Douro e vê um poste com tinta azul. Dobre ligeiramente os joelhos, retire as três pedras que estão no lado direito da base desse mesmo poste e, com cuidado, abra a tampa do contentor regular, retire o logbook e faça o registo da sua presença. Pode fazer troca de brindes, tendo o cuidado de deixar brindes de valor igual ou superior, no sentido de enriquecer o valor do conteúdo. Depois deste singelo processo, coloque a tampa, certificando-se que a mesma garanta o encerramento do invólucro de forma a garantir que, nem as humidades, poeiras, insetos ou outros elementos estranhos possam penetrar no mesmo. De seguida, coloque o recipiente no mesmo local, com a tampa voltada para cima, para que a chuva escorra pelo exterior. Volte a colocar as três pedras com todo o cuidado possível para não danificar o plástico (pois as mesmas servem apenas de camuflagem), deixando tudo como estava. Atenção, a geocache não está no muro.
Obrigado pela sua visita.