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Lynx Pardinus Virtual Cache

Hidden : 3/6/2020
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   virtual (virtual)

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Geocache Description:


O Lince-ibérico


O lince-ibérico (Lynx pardinus) é um felino exclusivo da Península Ibérica, considerado atualmente uma das espécies mais ameaçadas do mundo.

Após uma situação verdadeiramente trágica de pré-extinção, nos últimos anos tem-se assistido a uma recuperação espantosa da espécie, resultado do Programa de Reintrodução Ibérico, um processo de medio/longo prazo utilizado como último recurso na salvaguarda de espécies criticamente ameaçadas. No âmbito deste Programa, foram libertados os primeiros linces no Vale do Guadiana em 2014, sendo o resultado de cerca de duas décadas de cooperação ibérica de estudos e ações preparatórias, criação de cinco centros de reprodução em cativeiro e uma rede ibérica de entidades parceiras.

A espécie é conhecida por diversos nomes comuns, nomeadamente: lince-ibérico, lince, gato-lince, gato-cerval, lobo-cerval, gato-cravo e liberne.

           






Biologia

Taxonomia

O género Lynx pertence à família Felidae, e inclui quatro espécies a nível mundial: L. rufus e L. canadensis, que ocorrem no Continente americano, e L. lynx e L. pardinus, presentes na região eurasiática.

A espécie terá surgido há cerca de um milhão e meio de anos, como resultado do isolamento da Península Ibérica durante as glaciações que provocou a separação destas populações das congéneres euroasiáticas (Lynx lynx).


© Programa Ex situ


© Programa Ex situ

           


A pelagem
O lince-ibérico é um carnívoro de médio porte, de aspeto elegante e hábitos discretos, identificável pela sua pelagem castanho-amarelado salpicada de pintas e manchas negras, que lhe permitem uma excelente camuflagem por entre a vegetação da paisagem Mediterrânica.

O padrão da pelagem é variável (na forma e no tamanho das malhas), possibilitando a diferenciação individual, como a população de origem. Os linces de Doñana possuem, tendencialmente, manchas de grande dimensão e com maior contraste, enquanto que os linces da Serra Morena possuem manchas menores. Por sua vez, os linces do Vale do Guadiana refletem, em virtude da mistura genética, vários tipos de pelagem.

A cabeça
A cabeça apresenta também marcas bastante distintivas da espécie. A “barba” característica em redor da face, que vai crescendo ao longo dos anos, e as orelhas triangulares com tufos verticais de pelo negro, em forma de pincéis, nas extremidades.

A espécie apresenta olhos frontais marcantes, que permitem precisão na medição de distâncias, própria de caçadores de curtas distâncias; grandes globos oculares que lhes permitem ver em condições de baixa luminosidade; orelhas peludas e triangulares, que protegem os ouvidos capazes de detetar o discreto caminhar das suas presas.

Os membros
Os membros são relativamente longos e robustos, e apresentam quatro garras retrácteis em cada pata, com as quais estes animais conseguem perseguir e capturar as suas presas, com relativa facilidade.

Os membros posteriores, mais longos, permitem-lhe impulsionar o corpo a vários metros de altura. Os membros anteriores, mais curtos e fortes, permitem-lhe agarra a sua presa.

A dentição
A dentição, é de um carnívoro estrito, com caninos capazes de matar eficientemente, e rasgar a carne para alimentação, molares usados para separar e triturar grandes bocados de carne e incisivos pequenos.

O peso e altura
Os aspetos mais característicos destacam-se sobretudo nos indivíduos adultos, que podem medir entre 85 a 100 cm de comprimento, 40 a 50 cm de altura e pesar entre 9 a 15 Kg.


© Programa Ex situ


Reprodução

O cio das fêmeas determina a época de acasalamentos, entre final de dezembro e fevereiro. É durante esta época que se ouvem os “miados” de chamamento.

De seguida as fêmeas procuram um refúgio, que pode ser uma cavidade numa árvore ou numa rocha.

O período de gestação dura entre 63 a 74 dias. As fêmeas poderão dar à luz duas ou mais crias, das quais cuidarão durante os oito ou nove meses seguintes, até que estas aprendam a caçar e sejam independentes.

No verão e outono a progenitora ensina a caçar, a marcar o território, a relacionar-se com outros linces e a identificar os perigos.

A partir dos oito meses, os jovens, em geral, começam a afastar-se do território onde nasceram, iniciando um período de dispersão, até encontrarem o seu próprio território. Algumas fêmeas permanecem no território das progenitoras até ao ano seguinte.

A partir dos dois anos as fêmeas podem começar a reproduzir-se, embora tal só aconteça depois destas se estabelecerem no seu próprio território.

O macho, em geral, deixa a fêmea após o acasalamento, podendo, porém, vir a aproximar-se das crias até à altura em que se tornam independentes.

           





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Ecologia


O habitat e o território

O lince-ibérico é uma espécie muito seletiva na escolha de habitat, selecionando preferencialmente áreas de floresta mediterrânica com refúgio (zonas de mato de porte alto e/ou rochedos) e alimento abundantes.

O lince-ibérico evita espaços abertos. No entanto, durante os movimentos dispersivos, pode ocorrer em áreas com qualquer tipo de vegetação, como arvoredos, bosques e pastagens.

O territórios das fêmeas é a base da dinâmica populacional deste felino. Os machos mantêm territórios individuais, que defendem face a indivíduos do mesmo sexo, e que se sobrepõem a territórios de várias fêmeas. Os machos estabelecem áreas maiores, entre os 4 e 15 km2, sendo que as fêmeas estabelecem territórios mais pequenos, alguns com menos de 5 km2.

O coelho-bravo constitui entre 80 a 100% da alimentação do lince-ibérico, em função da área geográfica ou estações do ano.

As necessidades energéticas de um lince adulto situam-se entre as 600 e as 1000 kcal, o que corresponde, aproximadamente, à energia contida num coelho-bravo adulto. Uma fêmea, com duas crias, necessitará de caçar cerca de três coelhos por dia. Calcula-se que a densidade mínima de coelhos-bravo necessária para a reprodução do lince, seja de cerca de quatro coelhos-bravos por hectare.

Outros vertebrados como roedores, lebres, perdizes e aves podem também ser presas do lince-ibérico, no entanto, em percentagens significativamente inferiores. No Vale do Guadiana há registos de capturas de gamos.

Lince, um superpredador

O lince-ibérico pode coexistir com outros carnívoros selvagens, mas não os tolera nos seus territórios, podendo chegar a matar carnívoros como a raposa, sacarabos, gato-bravo ou geneta. Embora não se alimente de outros predadores, expulsa-os dos seus territórios.

Predação compensatória

Estudos científicos realizados na década de 90, revelaram que a presença do Lince-ibérico em determinada área favorece as populações de coelho-bravo, pois controla a densidade de outros predadores como a raposa e o sacarrabos, capturando-os ou mantendo-os afastados do seu território.

© Programa Ex situ


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Estatuto de Conservação

Devido à regressão das populações de lince-ibérico, no contexto histórico, esta espécie apresenta um estatuto de conservação desfavorável, a nível nacional e global. A espécie encontra-se protegida ao abrigo de legislação nacional e internacional, como a Diretiva Habitats, Convenção de Berna e CITES.


© Programa Ex situ



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Estatuto de conservação em Portugal

Em Portugal, o lince-ibérico está classificado como “Criticamente em Perigo”, de acordo com o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (Queiroz et al 2005).

A população da espécie pode ter sofrido uma redução de 80% nas últimas décadas do século XX, de acordo com a avaliação da área de distribuição histórica, e em virtude das causas de regressão não terem desaparecido completamente ou não terem sido revertidas.

 

Estatuto Internacional

No panorama global, a espécie está classificada como “Em Perigo”, pela IUCN.

O lince-ibérico é considerado o mamífero carnívoro mais ameaçado da Europa e o felino mais ameaçado do mundo, de acordo com o Global Cat Species Vulnerability Rankings.

 

Evolução do estatuto, de acordo com a IUCN Red List

2019 – Em perigo
2008 — Criticamente em perigo
2006 — Criticamente em perigo
2002 — Criticamente em perigo
1996 — Em perigo
1994 — Em perigo
1990 — Em perigo
1988 — Em perigo
1986 — Em perigo
1965 — Desconhecido

Plano de Ação para Conservação do Lince-ibérico em Portugal

Em vigor desde 2008, o “Plano de Ação para a Conservação do lince-ibérico em Portugal” elaborado sob a coordenação da Autoridade nacional para a conservação da natureza, e com a participação de representantes dos sectores agrícola, cinegético, académico, veterinário e ONGAs, preconiza uma estratégia alinhada com a Estratégia de Conservação em Espanha para a espécie.

No âmbito deste plano, e tendo como objetivo a recuperação da espécie em território nacional, estão em curso no Vale do Guadiana as seguintes medidas:

> Reintrodução de linces
> Fomento do coelho-bravo
> Vigilância de ameaças e colaboração com entidades e projetos
> Auscultação da perceção social
> Envolvimento da população e comunicação

© Programa Ex situ


Ameaças

Foram vários os motivos, ao longo das últimas décadas, que levaram à diminuição (e quase desaparecimento) das populações de lince-ibérico no território. Desses motivos destacam-se a diminuição da sua principal presa, o coelho-bravo, e a perda/deterioração do habitat.

A diminuição do coelho-bravo, está relacionada com doenças virais, alterações no habitat, e ainda com algumas medidas de gestão cinegética inadequadas.

A perda/degradação do habitat do lince-ibérico está relacionada com a substituição dos matagais e bosques mediterrânicos por plantações intensivas ou ainda extensas pastagens.

Por outro lado, a construção de grandes infraestruturas como as barragens e estradas ou ainda a ocorrência de incêndios florestais, têm também contribuído para a deterioração e fragmentação do seu habitat. Atualmente, a mortalidade por atropelamento e por outras causas antropogénicas (por exemplo envenenamento e doenças transmitidas por animais domésticos) são dois dos principais fatores de ameaça às populações da espécie.


OBSERVAÇÃO DO LINCE

Os linces-ibéricos são animais muito ativos durante a noite, embora possam ser observados durante dia. No período diurno e com condições favoráveis, ou seja, temperatura amena e ambiente tranquilo (sem que o felino fique desconfiado), é possível observá-los no seu próprio território.

Ainda assim, a maior parte dos animais são detetados através de indícios indiretos, como latrinas, pegadas e marcas em troncos de árvores.

A observação da espécie deve ser feita de forma responsável, cumprindo os seguintes princípios:

> Observar o lince-ibérico na natureza é uma experiência única.
> Saber esperar e ser paciente é fundamental para o observador da natureza.
> Iscos ou atrativos nunca devem ser utilizados. Tal pode afetar negativamente o comportamento e a saúde do lince-ibérico.
> Percorrer apenas por caminhos e trilhos autorizados.
> Se estiver familiarizado com o lince-ibérico, será mais fácil observá-lo. Conheça mais sobre a espécie.
> A aproximação a locais sensíveis para observação da vida selvagem e recolha de imagens pode causar uma perturbação importante e por isso está sujeita a regulamentações.
> O lince-ibérico não conhece limites de propriedade, pelo que pode ser necessário autorização prévia para o observar em terrenos privados.
> Informe as autoridades da presença ou comportamentos inadequados para com o lince-ibérico.
> Se partilhar a experiência de avistamento de um lince-ibérico, não revele o local onde aconteceu.
> Se quiser desfrutar de uma observação do lince-ibérico, em segurança, procure acompanhamento de um guia local.

           





© Programa Ex situ



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Caçador do silêncio | Os novos linces do Vale do Guadiana


As Perguntas


Para validar esta cache é necessário responder a 5 perguntas relativas à informação presente no placard informativo e cumprir o requisito abaixo apresentado.


Nas "Boas Práticas na Observação do Lince", em "Observação Responsável", o que não deve fazer?

Em "Territórios do Lince Ibérico", quais os nomes das 2 Serras onde podem ser avistados?

No "De regresso ao Vale do Guadiana", em "O programa de Reintrodução", quantos exemplares existiam em 2019?

No "O caminho de Regresso" Em " População de linces no Vale do Guadiana", quais os nomes dos linces fundadores?

Qual o aspeto que mais gostou sobre a vida do Lince-Ibérico?!

Tirar uma foto onde aparece a sua cara, nickname ou outro meio que o identifique junto à placa metálica que simboliza o Lince-Ibérico na parede.



Virtual Rewards 2.0 - 2019-2021

This Virtual Cache is part of a limited release of Virtuals created between June 4, 2019 and December 31, 2021. Only 4,000 cache owners were given the opportunity to hide a Virtual Cache. Learn more about Virtual Rewards 2.0 on the Geocaching Blog.

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