Porto, City of Dragons Virtual Cache

Ao contrário do que acontece atualmente, o brasão original da Cidade do Porto tinha uma coroa por cima das armas, coroa essa da qual saía um dragão e a palavra «Invicta». Esse brasão foi assim definido no séc. XIX, na sequência das lutas entre miguelistas e liberais, que passou à história como o “Cerco do Porto”.

Entre 1832 e 1833, os absolutistas que apoiavam D. Miguel cercaram o Porto e tentaram invadi-lo, para derrubar o Rei D. Pedro IV que se encontrava na cidade com os liberais. Os miguelistas acabaram por perder e D. Pedro IV agradeceu aos portuenses, prometendo oferecer o coração à cidade, dando a condecoração mais alta – Ordem de Torre e Espada – aos habitantes, atribuindo a todos os segundos filhos o título de Duque do Porto, e designando o Porto como «Cidade Invicta».

D. Pedro IV, Praça da Liberdade

Infante D. Henrique, Palácio da Bolsa

D. Pedro morreu em 1837 e a filha D. Maria cumpriu as promessas do pai, acrescentando ao brasão o colar da Ordem de Torre e Espada, uma imagem do coração do pai (que foi depositado na Igreja da Lapa), uma coroa representativa do título de Duque do Porto e, a sair dessa coroa, um dragão, símbolo da dinastia de Bragança, da qual fez parte D. Pedro, com uma fita a dizer «Invicta».

Esta história, no entanto, não termina aqui. A 25 de abril de 1940, uma portaria do Estado Novo obrigava todas as cidades, aldeias e vilas de Portugal a retirar dos seus brasões as referências à monarquia. Uma ordem para reafirmar o nacionalismo do país, diziam. Foi por isso que o brasão da cidade perdeu a coroa e o dragão que saía dela, símbolos que foram substituídos por uma fila de torres.

Nesta altura, houve várias instituições que se juntaram na luta pela resistência do velho brasão, como aconteceu com a Associação Comercial do Porto, com o Orpheu do Porto, e com o FC Porto, remetendo para a resistência portuense ao poder do centralismo.

Atualmente, existem dragões espalhados por toda a cidade. Entre brasões, emblemas, elementos decorativos, estátuas, contam-se pelo menos meia centena de locais com dragões.

É esta a tua missão! Para registares um found nesta virtual, tens de encontrar o dragão que está nas coordenadas da cache, fotografá-lo como elemento de destaque, e colocar a foto no teu log (coloca mais fotos se quiseres, de dragões em outros pontos da cidade, se os encontrares!) junto com algo que comprove que estiveste no local (foto do GPS, por exemplo). Sê original, procura e fotografa outros dragões na cidade, e partilha as tuas descobertas com outros geocachers no teu log!

Estatua O Porto, Praça da Liberdade

Brasão original

Brasão atual

Câmara Municipal do Porto

Contrary to what happens today, the original coat of arms of the City of Porto had a crown on top of the arms, from which came out a dragon with the word «Invicta». This coat of arms was defined in the 19^th century, following the battles between absolutists and liberals, which went down in history as the “Siege of Porto”.

Between 1832 and 1833, the absolutists who supported D. Miguel surrounded Porto and tried to invade it, to overthrow King D. Pedro IV who was in the city with the liberals. The absolutists ended up losing and D. Pedro IV thanked the people of Porto, promising to offer his heart to the city, giving the highest distinction – Order of Tower and Sword – to the inhabitants, giving the title of Duke of Porto to every second child, and designating Porto as «Cidade Invicta».

D. Pedro died in 1837 and his daughter D. Maria fulfilled her father’s promises, adding to the coat of arms the necklace of the Order of Tower and Sword, an image of her father’s heart (which was stored in the Church of Lapa), a crown representative of the title of Duke of Porto and, emerging from that crown, a dragon, symbol of the Bragança dynasty, of which D. Pedro was part, with a ribbon saying «Invicta».

This story, however, does not end here. On April 25, 1940, a decree from the Estado Novo obliged all cities, towns and villages in Portugal to remove references to the monarchy from their coats of arms. An order to reaffirm the country’s nationalism, they said. That is why the city’s coat of arms lost its crown and dragon, symbols that were replaced by a row of towers.

Palácio da Bolsa

Fonte de São Domingos, Jardins de Nova Sintra

At this time, there were several institutions that joined in the struggle for the resistance of the old coat of arms, as happened with the Associação Comercial do Porto, with Orpheu do Porto, and with FC Porto, referring to Porto’s resistance to the power of centralism.

Currently, there are dragons scattered throughout the city. Among coats of arms, emblems, decorative elements, statues, there are at least fifty places with dragons.

This is your mission! To register a found in this virtual, you have to find the dragon at the cache coordinates, photograph it as a prominent element, and put the photo in your log (you can upload more photos, from the other dragons around the city, if you find them!) together with something that proves you were on site (photo of GPS, for example). Be original, look for and photograph other dragons in the city, and share your discoveries with other geocachers in your log!

Estádio do Dragão