O sobreiro (Quercus suber) pertence à família Fagaceae, onde se incluem a faia (Fagus sylvatica), o castanheiro (Castanea sativa) e todos os carvalhos (Quercus sp.). O nome desta família resulta do latim fagus, e este do grego phegos, que significa “o que come”.
É uma arvore de folha persistente e de tamanho médio. O tronco é grosso e tortuoso, a copa é ovada, irregular ou em forma de guarda-sol, com ramos grossos erguidos ou quase horizontais. Normalmente não ultrapassa 20 a 25 m de altura.
O sobreiro tem uma característica única: uma casca esponjosa (até 20 cm de espessura) e muito leve percorrida por fendas longitudinais. Mesmo depois de descortiçada a espécie reconhece-se facilmente pela sua casca de superfície lisa e cor de ferrugem.
Habita a metade ocidental da região mediterrânica, mas a maioria está na península ibérica. Prefere ladeiras pouco elevadas, abrigadas dos ventos do norte, desde o nível do mar até 1200 m de altitude.
O sobreiro é uma arvore extremamente bem adaptada ao clima mediterrânico: tem raízes profundas para captar água em profundidade, folhas com cutícula para impedir o excesso de transpiração, perdendo assim menos água pela superfície e uma casca espessa e esponjosa que a protege dos incêndios. Sobre esta adaptação existe uma curiosa lenda.
O sobreiro pode ocasionalmente chegar aos 500 anos. Em Portugal está protegida por lei e é inclusivamente considerada a nossa Árvore Nacional.
No final de 2011, o sobreiro foi consagrado, por unanimidade da Assembleia da República, a Árvore Nacional de Portugal. Esta classificação está diretamente relacionada com a grande importância económica, social e ambiental que representa para o país.