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Alguma coisa acontece no meu coração que só quando cruza a Ipiranga e Av. São João ........
IPIRANGA X SÃO JOÃO
O encontro de avenidas mais famoso de São Paulo é, sem dúvida, a esquina da Ipiranga com a São João.
Imortalizado na música "Sampa" de Caetano Veloso, o ponto era e continua sendo um dos mais frequentados da cidade.
Construções históricas podem ser contempladas no decorrer das duas avenidas. A Ipiranga, que antes era apenas uma rua, traz arquiteturas que fazem parte de cartões postais e da mente dos paulistanos. A São João traz um dos mais importantes espaços culturais paulistanos com exposições, cinema, teatro e mais uma infinidade de atividades para paulistanos e turistas ,reunindo as mais diversas tribos e nos mais variados estilos e idades.
Podemos dizer que o cruzamento da Avenida São João com a Avenida Ipiranga era para a São Paulo da época da música de Caetano o que a Avenida Paulista é hoje para nós. O cruzamento era um ponto de encontro da sociedade paulistana , e pode-se ir mais além: Caetano Veloso, o autor da música, é um dos muitos imigrantes oriundos do Nordeste que vieram para São Paulo a partir da década de 1960. Tal cruzamento, então, simboliza a grandeza assustadora da cidade de São Paulo. O cruzamento, então, foi imortalizado pela canção.
Sampa- Caetano Veloso
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa