Contam os mais antigos, que a Capela da Póvoa foi construída com dinheiros populares, fruto das rivalidades que sempre houveram para com as gentes de lá de baixo.
Festa da Póvoa
A Festa da Póvoa, que se realiza no primeiro Domingo de Julho, em honra da Senhora da Livração e de S. Brás, é organizada por um conjunto de festeiros e mordomas, eleitos anualmente pelos seus antecessores.
O ponto alto das celebrações é a realização da majestosa procissão com diversos andores briosamente enfeitados.
Toda a festividade é realizada em redor da Capela, estendendo-se pela Rua dos Eucaliptos abaixo até à Urbanização dos Eucaliptos, onde se concentram os divertimentos.
Ao longo da Rua dos Eucaliptos são instaladas diversas tendas, algumas de diversão e outras de venda de guloseimas populares. Esta festa origina a visita de grande número de pessoas oriundas das freguesias próximas e distantes e prolonga-se por 4 dias, dedicando-se o último, a 3ª feira, a provas desportivas populares (corridas a pé, de bicicleta, de cavalos, subida ao mastro, etc.).
Procissão da Srª da Livração (Festa da Póvoa)
No decorrer da festa da Póvoa, a adoração religiosa localiza-se na zona da Capela, tendo como padroeira a Nossa Senhora da Livração. Por ocasião desta festa realiza-se a Procissão em honra da Srª da Livração e S. Brás e tem o seguinte trajecto: Sai da Capela, circula o cruzeiro, segue pela Av. do Monte de Cima, Passo Novo, sobe a Rua da Póvoa de Baixo e regressa à Capela. Todos os anos é escolhido(a) um juiz(a) e um(a) mordomo(a) para que cada um se dedique respectivamente ao enfeite da capela, ao andor de Nossa Senhora da Livração e aos andores restantes.
Procissão do Senhor Morto
Esta Procissão deixou de se realizar, supostamente por ter uma vertente pagã/religiosa. Desenrolava-se ao fim da tarde, entre a Igreja Matriz e a Capela da Póvoa e tinha como rituais o uso de certos instrumentos ruidosos, nomeadamente uma espécie de roca em madeira, para relembrar os últimos passos da Paixão de Cristo até a Crucificação e Morte. Era feita em silêncio durante todo o caminho ou a rezar o Terço, as pessoas cobriam-se de escuro e as ruas ficavam repletas de velas acesas.
A zona envolvente foi recentemente melhorada pela CMF, tornando-a mais vistosa... pelo menos para mim, mas não é concensual.