“(…) medietate de villa Moroganus qui est inter almahala de rei et Certoma et strema illa villa per illo porto Ventosa et veni usque ad illa strada maurisca et deinde per illo fontano que intra in Certoma ad Oriente villa Aquilin ad occidente villa Ventosa ad Aguilione villa Stamengus ad Affrica villa Canizales (…)” in RODRIGUES, José – O Couto de Aguim. Subsídios para a sua História, Anadia, Cisial, 1959, pp, 21 e 174.
Aguim. Palavra estranha, dirão alguns. Reflectindo um pouco somos forçados a concordar mas, logo rebatemos que não é a única, que existem muitos mais topónimos por esse Portugal fora igualmente estranhos. Exemplos!… É só palmilhar o país com atenção às placas toponímicas para que logo surjam mais casos.
As origens etimológicas da palavra Aguim vem intimamente ligada às origens da povoação na medida em que ambas resultam da ocupação romana (séculos I a V d.c.).
Com o passar do tempo a palavra vai degenerando até chegar ao actual topónimo. De Aquilini a Aquilin > Aguilin > Aguiin > Aguiim > Aguim.
Se foi com os Romanos que tudo começou não foi, seguramente, com o fim do seu domínio que a povoação desapareceu. Contudo, as notícias referentes a Aguim só voltam a surgir já em plena Idade Média, no momento de ocupação e organização do território conquistado aos Muçulmanos. Longo foi o período de esquecimento marcado pelas invasões Bárbaras, a formação dos reinos suevo e visigótico, a invasão Muçulmana e os avanços e recuos da Reconquista cristã. A tudo deve ter resistido o foco populacional erigido em redor da “villa” do romano Aquilino pois, parece difícil, a extinção da povoação e posterior refundação. O próprio nome da povoação mantem a sua ligação às origens romanas.
Fonte: http://aguim.net/textos-sobre-aguim/aguim-origens-e-historia/