Enquadramento:
«GENTES D’ALQUEVA – MOURÃO»
Mourão é uma bonita vila Alentejana, sede de município, situada na margem esquerda do imenso rio Guadiana, próxima da fronteira com Espanha, num local de grande beleza natural, onde reina a paz de espírito.
Sem grandes referências históricas até à reconquista Cristã da Península Ibérica, sabe-se que, após passar para o domínio Português, foi entregue à Ordem dos Hospitalários, e durante a Idade Média e na Guerra da Restauração foi palco de episódios violentos entre as forças Portuguesas e as Castelhanas.
Mourão sempre sofreu grande influência do grande rio Guadiana, que muito contribuiu também para a fertilidade dos terrenos circundantes onde crescem oliveiras, amendoeiras, e outras árvores de fruto que moldam a paisagem.
Uma das grandes riquezas patrimoniais da vila de Mourão são as dezenas de CHAMINÉS MOURISCAS que lhe permitem apresentar uma arquitectura urbana bastante singular e distinta das povoações vizinhas.
A origem árabe destas chaminés assenta na tradição popular não existindo qualquer fonte histórica que o permita confirmar. Independentemente da sua origem, a paisagem urbana de Mourão é hoje marcada por estas chaminés cilíndricas, as maiores das quais com três metros de altura e um diâmetro de um metro, outras um pouco menos imponentes.
Mourão orgulha-se dos seus monumentos e tradições, como é o caso do Castelo que encima a vila e a enobrece, mas também a barroca Igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeias (séculos XVII e XVIII), e os muitos espaços verdes disponíveis no concelho, como a Mata de S. Bento.
Esta típica vila Alentejana prima pelos seus produtos regionais, como o artesanato, com peças em xisto, cestaria ou no muito tradicional Buínho. Os vários restaurantes da região atestam a qualidade da gastronomia Alentejana, com especialidades locais como a Caldeirada de Peixe, a Açorda de Cação ou a doçaria conventual com as encharcadas ou o bolo rançoso, não esquecendo o pão, queijo, mel e azeitonas desta saborosa região.
Seja Bem-Vindo a Mourão.
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Esta Cache está englobada no Projecto “GENTES D’ALQUEVA”, um conjunto de geocaches destinadas a georeferenciar localidades e gentes a quem o Alqueva “premeia” com sua riqueza e beleza. Terras e gentes que nascem e renascem às margens d’O Grande Lago, numa realidade entre o património histórico da tradição e cultura de sempre; e o desafio da modernidade; e cujo o tempo rejuvenesce agora de novas oportunidades. Neste caso a vila de Mourão e as suas Gentes.
Como é nosso timbre, convidamos-vos a visitar cada local, a apreciar cada particularidade arquitetónica e cada pormenor da história de cada um dos pontos de passagem deste passeio. Registe o momento e partilhe com a comunidade GeoCaching.
MOURISCAS | FRONTEIRA DE SÃO LEONARDO
Para quem vem de Reguengos de Monsaraz, Monsaraz ou Mourão e pretende entrar em Espanha é possível que a sua melhor opção seja a fronteira de São Leonardo. De lá se poderá deslocar até localidades da Extremadura espanhola como Zafra, Mérida ou Badajoz.
Trata-se de uma fronteira secundária, mas muito utilizada para o trânsito local, dado que em Villanueva del Fresno, a 7 km do limite fronteiriço, achamos as bombas de gasolina para atestar lá (e mais barato) o carburante no depósito do carro. A paisagem segue uma sequência natural de continuidade entre ambas duas regiões: o Alentejo e a Extremadura espanhola. O montado alentejano tem continuidade na dehesa extremenha, se bem que culturalmente são diferentes.
Outra curiosidade desta fronteira é o facto de constituir um dos primeiros lugares onde o limite fronteiriço é reconhecido. A fronteira luso-espanhola está delimitada pelo Tratado de Lisboa de 1864. Os trabalhos começaram pela foz do Minho mas quando chegaram até ao Caia foram interrompidos a causa do não reconhecimento de Portugal da soberania espanhola sobre Olivença. Um novo tratado, também assinado em Lisboa, em 1927, permitiu a continuidade dos trabalhos a sul das terras em disputa até à foz do Guadiana. Portanto, existem ainda cem marcos fronteiriços sem colocar abrangendo toda a zona em que o rio Guadiana faz fronteira entre Portugal e Espanha de facto, isto é, entre a foz do Caia, quando desagua no Guadiana até à Ribeira de Cuncos. O território reclamado por Portugal, no entanto, não abrange todo esse troço do Guadiana, mas sim uma pequena parte, correspondente às terras de Olivença.
Outra curiosidade histórica é o facto de ter sido assassinado em Villanueva del Fresno o general Humberto Delgado, desiludido com Salazar. O militar, que procurava reconciliar-se com ele após o fracasso da operação de assalto ao quartel de Beja em 1962, foi alvejado nesta fronteira por um comando da PIDE liderado por Rosa Casaco, quem o matou a tiro a ele e à sua secretária lá mesmo na fronteira, não pudendo assim regressar a Portugal.
Tanto a antiga alfândega espanhola como a portuguesa estão desertas, em estado de abandono, dando uma sensação de desleixo.
In: http://historiasdaraia.blogspot.pt/2008/10/mouro-so-leonardovillanueva-del-fresno.html
Tome Nota:
- Considere os atributos indicados. Podem ser uma boa ajuda;
- Seja discreto e tenha atenção aos Muggle’s que possam eventualmente estar a observa-lo. A manutenção desta cache para os próximos visitantes depende disso;
- Preserve o Container, manuseando-o com cuidado e voltando a coloca-lo no exato sitio onde o encontrou;
- Esta Cache não contem material de escrita. Deve levar material de escrita consigo;
- Respeite o espaço e as regras do Geocaching não danificando o local, nem deixando qualquer tipo de resíduos/lixo;
- Divirta-se!
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