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Aldeia Galega... do Ribatejo? Multi-cache

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viperbruno: Fim de linha

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Hidden : 11/26/2017
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Aqui já foi Ribatejo

O concelho de Ribatejo

(...)Às terras entre o ribeiro das Enguias e a ribeira de Coina chamavam Riba Tejo.

Limites aproximados do medieval concelho de Ribatejo segundo António Gonçalves Ventura, A «Banda d’Além» e a Cidade de Lisboa (…), [tese de doutoramento], 2007


Fernão Lopes, na sua Crónica d’El-rei D. Fernando, referindo-se ao movimento de navios no estuário do Tejo, deixou-nos uma das primeiras e mais belas referências às terras do Ribatejo medieval:

E portanto vinham de desvairadas partes muitos navios a ella [Lisboa], em guisa que com aquelles que vinham de fóra e com os que no reino havia jaziam muitas vezes ante a cidade quatrocentos e quinhentos navios de carregação; e estavam á carga no rio de Sacavem e à ponta do Montijo, da parte de Riba-Tejo, sessenta e setenta navios em cada logar, carregando de sal e de vinhos.

Integrava duas freguesias, que no século XIV acabariam por se autonomizar, formando dois concelhos novos em terras de Ribatejo:

  • Alhos Vedros: que abrangia o território entre a ribeira de Coina e Sarilhos Pequenos, foi terra próspera por um período longo, mas entraria em decadência no século XVI, dando origem aos concelhos do Barreiro e da Moita – da Moita do Ribatejo.
  • Santa Maria de Sabonha: cuja sede se situava no actual lugar de S. Francisco (Alcochete), abrangia o restante território de Ribatejo, ou seja, dos Sarilhos ao ribeiro das Enguias. Seria desmembrado no século XV, dele resultando os concelhos de Alcochete e de Aldeia Galega do Ribatejo (actual Montijo)

Ocupando o território dos actuais concelhos do Barreiro, da Moita, do Montijo e de Alcochete, da ribeira de Coina ao ribeiro das Enguias, é este o Ribatejo primordial.

Ribatejo, uma região migrante

Como o peixe que arriba, como os cagaréus, varinos e avieiros que arribaram atrás dele, tudo migrou por este Tejo acima. Progressivamente, por um fenómeno que os geógrafos designam como de contágio, o Ribatejo foi subindo o rio, já não apenas pela sua margem esquerda mas por ambas. E, ao longo delas e às vezes mesmo um pouco afastadas, foram surgindo ou sendo rebatizadas terras que trazem a palavra Ribatejo no nome por que se conhecem: Alverca do Ribatejo, Castanheira do Ribatejo, Valada do Ribatejo, Glória do Ribatejo, Benfica do Ribatejo, Azinhaga do Ribatejo, Praia do Ribatejo…

O Ribatejo do Estado Novo

Em 1936 o Estado Novo procedeu a uma profunda reorganização do mapa administrativo do país. Esse processo levou à criação da província do Ribatejo, com capital em Santarém. Mas, já então, a nova província não coincidia com o distrito de Santarém.

De facto, o Ribatejo incluía os concelhos da Azambuja e de Vila Franca – que, convenhamos, alguém duvida que sejam ribatejanos? –, pertencentes ao distrito de Lisboa. E o da Ponte de Sor, do distrito de Portalegre, o que faz algum sentido se pensarmos na forma de colonização interna das suas terras de charneca, na segunda metade do século XIX, muito semelhante à que se praticou nos concelhos da margem esquerda do Tejo: no da Ponte de Sor nasceram os Foros do Arrão, como, afinal não muito longe, surgiram os Foros da Branca (Coruche), os Foros de Almada (Benavente), os Foros de Salvaterra ou os Foros de Benfica.

Mapa do Projecto GeoRibatejo [http://www.georibatejo.org], elaborado segundo a reforma administrativa de 1936


De fora do Ribatejo o Estado Novo deixou dois concelhos do distrito de Santarém: o de Mação, integrado na Beira Baixa e o de Ourém, considerado da Beira Litoral. E deixou também de fora os ribatejanos concelhos de Alcochete, Montijo, Moita e Barreiro – ou seja, o Ribatejo primordial A ribeira das Enguias que, no século XII e nos seguintes, por muito tempo, era onde o Ribatejo começava, passou a ser a estrema onde o Ribatejo termina…

Não termina, não… Mesmo quem pensa que Ribatejo é só lezíria, cavalos e toiros, campinos e forcados há-de convir que os mais marcantes ícones com que o Estado Novo pretendeu sintetizar o Ribatejo – o barrete verde e o colete encarnado – têm as suas conhecidas e populares festas fora do distrito de Santarém: o Colete Encarnado é cartaz de Vila Franca e o Barrete Verde da vila de Alcochete!

Artigo completo aqui:
http://www.mediotejo.net/ribatejo-regiao-migrante-por-antonio-matias-coelho/

A cache

Esta multi pretende dar a conhecer alguns dos factos históricos da Aldeia Galega... do Ribatejo que ao longo de séculos foram deixando marcas, umas vezes preservadas, outras nem por isso. Para não tornar a multi muito longa, esta decorre no centro do Montijo. Em cada waypoint encontraram uma descrição dos locais e os dados a recolher.

Após percorrer os três pontos, de preferência sequencialmente, usem os valores das letras para obter a localização final:

Coordenadas finais:
N 38 42.DDD
W 8 58.ACB

Boa sorte!


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Additional Hints (Decrypt)

Noevtnqn

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)