Praça da Canção
Os 50 anos de um livro que é um símbolo da luta pela liberdade
Praça da Canção, de Manuel Alegre, há muito ultrapassou as fronteiras da literatura para assumir uma dimensão simbólica ou mesmo mítica. Quando saiu, no início do ano de 1965, há 50 anos, que com esta edição se assinalam, foi também um incisivo retrato de uma «[...] pátria parada / à beira de um rio triste», foi uma bandeira desfraldada e um rastilho de resistência e luta contra a ditadura. Hoje, cerca de quatro décadas depois da profunda mudança da realidade (aparentemente?) na génese da maioria dos seus poemas, e que em parte explica a sua imediata extraordinária repercussão e influência, a Praça da Canção «continua»: sucessivas gerações a leram, ouviram, se calhar cantaram, de certo modo viveram. E isto diz muito, se não tudo.
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Os versos de PdaC andaram, desde sempre, de boca em boca, de mão em mão, de coração em coração, em simultâneo singular expressão individual de um poeta e vigorosa voz coletiva de um povo.
(do Prefácio de José Carlos de Vasconcelos)
Do Recinto
Foi no início deste novo milénio que a Queima de Coimbra atravessou o Rio Mondego, deixando o tradicional Parque da Cidade (Dr. Manuel Braga) para as noites da festa assentarem arraiais na margem esquerda, no então Choupalinho, agora batizado de Praça da Canção, mas que desde logo todos chamaram de “Queimódromo”.
Tem sido ali que se produziram nos últimos 15 anos as Noites do Parque – o principal e mais concorrido evento da programação da Queima de Coimbra.
Concertos e várias tendas cheias de música e de bebidas alcoólicas, com uma forte presença de quiosque de cerveja, são a grande atracão para uma larga multidão que todos os dias invade o recinto – situado mesmo ao lado do Rio Mondego.
Monumento "Piano"
O monumento foi da iniciativa da Câmara Municipal, sendo erguido na Praça da Canção como uma referência à música. A sua inauguração decorreu em 10 de Outubro de 2001, sendo uma obra da autoria de Vasco Berardo...intitulada como "PIANO".
Trata-se de um Grupo Escultórico de arte contemporânea, figurativa. Assenta sobre uma plataforma escalonada revestida a lajes de mármore preto e branco, formando xadrez. O artista alegoricamente representa a música, através de esculturas que figuram um piano de cauda e o seu respetivo banco, ambos em mármore, e uma criança segurando um trombone de grandes proporções, do qual saem materializadas notas musicais.
A Cache
Trata-se de um container de pequenas dimensão, por isso levem material de escrita.
Aproveitem para tirar muitas fotografias, mas não subam ao piano.