A Bajanca é uma área rural de caracteristicas serranas, situada no extremo oeste da Freguesia de São Bento, Concelho de Porto de Mós e integrada na área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, no Planalto de Santo António.
Nesta área, atravessada pelo PR4 PMS [Rota de São Bento], ficam os tão conhecidos e ''vizinhos'' Algares da Bajanca e do Cofelo, explorados desde o início do Séc. XX.
São dignos de uma visita para conhecer as suas entradas nas profundezas da terra. O Algar do Cofelo, tem uma entrada circular de pequena dimensão, já o da Bajanca apresenta uma magnifica entrada em forma de precipício, que se pode observar, com algum cuidado na aproximação.
O Algar da Bajanca e o Algar do Cofelo são morfologicamente diferentes, com 35 e 50 metros de profundidade, atualmente o Algar da Bajanca é utilizado como ''Algar Escola`.''
Outros algares existentes na Bajanca, de menores dimensões como o Algar do Laçarote e o Algar Videiro.
Ainda nesta zona marcada por muros de pedra solta que dividem propriedades, muito conhecidas por 'Chousos', muros feitos pelas mãos do homem.
Os ditos 'Chousos' são propriedades de pequenas dimensões e normalmente em forma circular, que podemos observar a existência de muito gado bovino, a pastar na serra.
Apesar da crise económica que o sector da produção de leite atravessa, ainda é visível muitas manadas de bovinos. Em tempos, a freguesia de São Bento foi uma das maiores produtoras de leite do pais.
Outros pontos de interesse rurais nesta zona, são os antigos currais e as pias de água hábilmente estruturadas nas rochas para manter a água à superfície, um bem tão escasso no Maciço Calcário Estremenho.
Podemos assistir também nesta área a inúmeros campos de Lapiaz espalhados, em que as rochas apresentam fendas e formatos de várias dimensões.
por entre matos altos e densos, relevos esbranquiçados pontuam as cumeadas, para nascente o horizonte abre-se de repente e prolonga-se pela bacia terciária do Tejo.
Em termos de vegetação, o aproveitamento do solo depositado no fundo das dolinas determinou as alterações na paisagem observáveis ao longo do percurso, quer pela introdução de espécies arbóreas, como o eucalipto e o pinheiro-bravo (Pinus pinaster), quer pela coexistência de cordões de vegetação espontânea composta por carvalho-cerquinho (Quercus faginea), folhado (Viburnum tinus), aderno (Phillyrea spp.) e aroeira (Pistacia lentiscus), com as culturas agrícolas praticadas nesses locais.
São estas e outras caracteristicas, que fazem de São Bento, uma região única.
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