Casével foi uma freguesia portuguesa do concelho de Castro Verde, com 23,24 km² de área e 448 habitantes (2011), tendo a vila em si 341 habitantes. Actualmente pertence à União de freguesias de Castro Verde e Casével.
Distando cerca de 10 km de Castro Verde, Casével recebeu foral de D. Manuel I a 20 de setembro de 1510 e foi sede de concelho até 1836, altura em que passou a pertencer ao concelho da Messejana. Só a 24 de outubro de 1855 foi incluída no concelho de Castro Verde.
Ao nível do património artístico, destaca-se a Igreja Matriz de Casével e a célebre cabeça-relicário de S. Fabião. A igreja remonta ao século XIV e apresenta um estilo Barroco, sendo prestado culto a São João Baptista. A cabeça-relicário de S. Fabião é uma peça única de ourivesaria com mais de oitocentos anos, tratando-se de uma cabeça em tamanho natural, toda em prata, contendo no seu interior um crânio humano que se “diz” ser do papa e mártir do Cristianismo, S. Fabião. Reza a história que esta relíquia veio para Portugal no século XIII, pela mão da princesa D. Vataça Lescaris. A peça pode ser apreciada na exposição do Tesouro da Basílica Real de Castro Verde.
Na Vila de Casével existe uma boa oportunidade de contactar com o cante alentejano e a gente que lhe dá voz, graças à Associação de Cante Alentejano “Vozes das Terras Brancas”, que dinamiza o grupo coral “Vozes de Casével” e tem aberto ao público a sede da Associação, que fica junto ao Largo da Praça, e onde se pode ouvir cantar, petiscar e apreciar um vasto conjunto de utensílios ligados à tradição etnográfica da antiga freguesia. – Link Cache Vozes das Terras Brancas.
Localidade harmoniosamente encaixada na paisagem, não deixa de ser interessante um passeio a pé pelas suas ruas estreitas e frescas e admirar a extraordinária peça em ferro que ilustra a entrada da vila de Casével, homenageando os grupos corais e o cante alentejano.
Como era normal nesta zona do campo branco alentejano, a população dedicava-se essencialmente à agricultura e pecuária. Actualmente, o maior empregador da vila é a Fundação Joaquim António Franco, no qual se destaca a sua Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação e o seu Estabelecimento Residencial para Pessoas Idosas, inaugurados ambos no ano de 2011.
Na gastronomia destacam-se as cabeças de borrego assadas, o ensopado de borrego e as Migas.
No artesanato o destaque vai sem dúvida para a viola campaniça, que é a maior das violas portuguesas com cerca de 94 cm.
As alturas festivas da vila são as Festas de S. João, a 24 Junho e as Festas Anuais da Vila, que decorrem no 2º fim de semana de Agosto.
NOTA: Na falta de kit de unhas, pode ser necessário uma chave (fendas serve) para abrir o container. O local tem vista sobre a vila e sobre a planície alentejana. Espera-se que desfrutem e boas cachadas!
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