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HISTÓRIA DA FREGUESIA DE LAMA
A origem da freguesia de LAMA remonta aos 900 anos da era cristã, o que se comprova por alguns achados arqueológicos, de que é exemplo um túmulo românico em exposição no Museu de Barcelos, que atestam a presença do povo romano ou mouro, neste território.
A atual freguesia resulta da junção entre as freguesias de S. Salvador da Lama e a antiga freguesia de Sandim, que entretanto foi extinta.
O topônimo, correspondente ao termo latino “Lama”, que significa“atoleiro” ou “lodaçal”, deve-se às terras baixas e alagadiças da Freguesia. Nas Inquirições de 1258, surge com a designação “De Sancto Salvatore de Lama” do Julgado de Prado.
Eclesiasticamente, estava sob o protetorado do Mosteiro Beneditino de Tibães. Juntamente com alguns lugares das freguesias de São Romão da Ucha e de Oliveira, Lama constitui a Honra (e, mais tarde, Couto) de Azevedo. Esta Honra, antiquíssima, foi extinta, como todas as outras em 1790.
Tinha Juiz próprio com jurisdição apenas sobre negócios municipais e coimas (já que, no nível cível e no crime, estava sujeita ao Juiz do Concelho de Prado) que, juntamente com o povo, elegia o seu sucessor anual. Este acto era presidido pelo Senhor da Honra, que foi sempre um membro da família dos Azevedos.
Desta família, saliente-se a importante figura de D. Martim Lopes de Azevedo, que comandou, na região, os partidários de D. António, Prior do Crato, contra as pretensões de Filipe II de Castela.
Além deste episódio histórico, salienta-se também a sua participação na batalha de Aljubarrota, ao lado de D. Nuno Álvares Pereira na luta contra os Castelhanos. Existem ainda, no Solar de Azevedo, algumas peças que fizeram parte do traje de D. Martim Lopes de Azevedo nesta batalha.
A freguesia de Lama pertenceu ao concelho de Prado até ao ano de 1855. Extinto este, pelo decreto de 24 de Outubro de 1855, passou então a pertencer ao concelho de Barcelos.Ao recordar as histórias e as lendas que povoam o imaginário colectivo de uma comunidade, dá-se consistência a um passado comum, criando indestrutíveis laços de identidade e união entre as pessoas.Desse modo, e baseados nessas histórias e lendas antigas, o exemplo seguinte poderá dar uma ideia de como poderiam ter surgido o nome de alguns lugares da freguesia.
Num dos lugares de Lama, situa-se uma Quinta, na qual existia, segundo dizem, uma enorme porca. O seu tamanho descomunal atraía muita gente de fora da freguesia que vinha à Lama só para a conhecer. Acontece que a porca morreu, ficando apenas a enorme pia onde ela costumava comer.
Assim, quando algum visitante perguntava pela porca, a resposta passou a ser, invariavelmente, “- Aqui está a pia dela”. Este episódio esteve, segundo os mais velhos, na origem do topônimo do lugar da “Piadela”.
A freguesia tem um vasto Patrimônio e Monumentos ao qual se pode destacar a Igreja paroquial da Lama , solar dos Azevedos e Monumento de Homenagem aos Combatentes de Ultramar e conta neste momento com cerca de 1326 pessoas residentes,403 habitações espalhadas por 16 lugares da Freguesia.
Festas e Romarias
A freguesia tem como padroeiro o Divino Salvador. É festejado no dia 6 de Agosto, havendo nessa altura a realização do Sagrado Lausperene onde as pessoas dos diversos lugares da freguesia se vão revezando por turnos na adoração ao Santíssimo exposto na Tribuna. Esta adoração termina com a bênção do Santíssimo seguida de missa solene.Na sua história presente conta ainda com mais três importantes romarias que são a Procissão dos passos,Festa da Entrega da Cruz “Cabido” e a Peregrinação à Nossa Senhora do Facho.A procissão dos Passos é das mais antigas e majestosas da diocese de Braga. Organizada desde 1752, pela denominada nova erecta irmandade do Bom Jesus, com o título dos Santos Passos, cita na Paroquia da Igreja do Salvador da Lama, Couto de Azevedo, atualmente denominada Confraria do Bom Jesus dos Passos da Lama.A solene Procissão dos Passos oferece aos espectadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, o mesmo que, na Missa de Ramos foi lido no evangelho da Paixão. Nela desfilam as figuras que intervieram no julgamento, condenação e morte de Jesus: soldados, algozes e inimigos; mas também Cireneus e amigos, Madalenas arrependidas e piedosas mulheres. O próprio Jesus, o «Senhor dos Passos», levando a cruz às costas, como outrora percorreu as de Jerusalém.Organizada pela Confraria do Bom Jesus dos Passos da Lama, segue o itinerário: igreja da Lama, capela de Azevedo, recolhendo à igreja.No sábado à noite a imagem da Nossa Sra. das Dores é conduzida processionalmente da Igreja da Lama para a Capela de Azevedo.No domingo após o sermão do pretório sai da igreja a Procissão dos Passos em direção da capela.Nesta, tem lugar o Sermão do Encontro e, no decurso deste, os ouvintes assistem ao comovente encontro de Jesus com sua Mãe Dolorosa, a Senhora das Dores».A Procissão dos Passos realiza-se no penúltimo domingo da Quaresma.No último domingo de Janeiro realiza-se a festa da entrega da Cruz ou Cabido como é conhecido. Esta festa serve para celebrar a passagem da Cruz paroquial dos mordomos antigos para os novos mordomos. Os mordomos são dois e são eles os responsáveis pela Cruz durante o ano. Sempre que haja algum acto religioso que seja necessária a presença da Cruz compete-lhes a eles transportarem-na. Na festa do cabido é hábito as pessoas depois da cerimonia da entrega da Cruz que se realiza na Igreja paroquial seguirem os mordomos até casa destes. Depois da chegada a casa, os mordomos oferecem um lanche a todas as pessoas, que como é tradição consiste em pão de milho, figos e vinho.A freguesia da Lama também é uma das freguesias que faz parte das que se incorporam na Peregrinação da N.ª Sr.ª do Facho. No primeiro domingo de Julho todos os anos as Pessoas desta paróquia sobem o Monte do Facho, com as suas bandeiras, os seus cânticos e as suas instituições, para acompanharem o andor de N.ª Sr.ª até ao santuário no cimo da serra. A Peregrinação é organizada cada ano por uma freguesia diferente. São dez as freguesias que neste momento organizam e participam na peregrinação. Portanto de dez em dez anos a freguesia é chamada a organizar este evento. A organização e feita por ordem alfabética das freguesias.Em relação ao Facho deve-se salientar aquele que foi um dos grandes impulsionadores, se não o principal, da construção do Santuário, e tudo aquilo que a ele se relaciona, que foi o Padre Benjamim Ferreira de Sousa que era natural desta freguesia.
A cache não se encontra nas coordenadas apresentadas..Terás que desvendar o enigma proposto na Página ..Boa Sorte..
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