Localizado bem no centro da sede de Freguesia, o Templo, tal como hoje se apresenta, não possui linhas arquitetónicas definidas, pelo que se torna difícil datá-lo com alguma exatidão.
A primitiva Matriz levantada pelos frades Crúzios terá sido demolida em finais de 1595, ou já no ano seguinte, pelo empreiteiro Simão Fernandez, que reaproveitou alguns dos seus materiais de construção, nomeadamente, telhas e madeiras, enquanto que os restantes bens passaram a integrar o tesouro do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Do mesmo Templo, terá restado a imagem de Santa Eulália que, segundo alguns avaliadores, datará da centúria de quinhentos. Apesar de todas as vicissitudes por que passou este edifício religioso, ao longo dos anos foram encontrados vestígios da aludida construção primitiva. Assim, numa das dependências da Sacristia das Almas, foram descobertos um esquife e uma cruz em azulejo com cerca de 1,20 metros. Hoje, infelizmente, desconhece-se o paradeiro deste espólio que, segundo parece, foi retirado aquando da construção da torre e das casas contíguas. Provavelmente, outras cruzes terão ornamentado as paredes da Igreja, que serviam para seguir os passos da Via Sacra do Senhor. Sinal evidente de que a primitiva construção era robusta, embora de acanhadas dimensões (em comparação com a actual), é a espessura das paredes aliada à fácies sólida da construção.
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