A TRANSPORTADORA SETUBALENSE
Consta que o seu registo foi em 28 de Julho de 1928. Entre os seus antigos colaboradores, dizia-se que foi fruto da persistência de João Cândido Belo, Homem de condição humilde, que amealhou algum pecúlio, no trabalho árduo, na praia de Setúbal, transportando caixas de peixe, numa carroça. Os anos passaram, a história, continuou a ser divulgada, mesmo que tenuemente e algumas vezes destorcida, mantendo sempre a sua matriz original. João Cândido Belo, ao fundar a Empresa Setubalense& Cª Ldª, na área dos transportes públicos de passageiros, localizou a sede em Vila Fresca de Azeitão(Setúbal), não se esquecendo dos seus dois irmãos, como associados. Naquele tempo, as carreiras enchiam por completo os autocarros de passageiros, levando a completar com desdobramentos, especialmente aos sábados. Os tejadilhos, quer de pequenos volumes de mercadorias (podiam transitar para todo o país, através de outras empresas), quer das bagagens dos passageiros (onde incluía bicicletas), davam um trabalho árduo aos cobradores de bilhetes, que tinham uma ajuda preciosa dos motoristas, fazendo entre eles uma equipa (um grande elo de ligação e amizade), que muitas vezes durava anos. Com a construção da Auto-estrada Lisboa-Porto, o transito passou a ser directo à capital do país, instalando a sua estação na Av. Defensores de Chaves. O transporte de passageiros, agora para Setúbal e Évora, estava mais facilitado em percurso directo, quer pelo Montijo, quer por Coruche/Mora.Por volta de 1971, deu-se a grande expansão da Setubalense, com a compra outras empresas da mesma área de actividade. Comprou a Ribatejana, Ldª (Santarém), Camionagem Vilela, Ldª (Marinha Grande) e Martins, Évora. As zonas operacionais então usadas pelas empresas adquiridas, foram modernizadas com novas instalações e outras foram criadas, como: Elvas, Estremoz, Beja, Barreiro, Montijo, Benavente/Coruche. Segundo um lápis, fabricado na Viarco, para publicidade da empresa, na década de 50/60,percorria cerca 25 mil kms por dia, por terras de Portugal.
O CORTEJO DE AUTOCARROS
Em crónicas, registadas em diversos jornais da época, trazem-nos a notícia, como a do Diário de Noticias, que no dia 24 de Outubro de 1948, um dia de sol esplendido, a empresa de João Cândido Belo, se incorporou no grande desfile, organizado pelo Grémio dos Industriais de Transportes em Automóveis, onde participaram 200 autocarros, de todos os pontos do país. O encontro, proporcionou a viagem a 7.000 visitantes à “Grande Exposição de Obras Públicas”, patente no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. O desfile de viaturas que chegou a atingir cerca de cinco Kms de cumprimento, teve início no Campo Grande, passou aAvenida da República, Fontes Pereira de Melo eLiberdade, atravessando o Rossio e o Terreiro do Paço. Subindo a Avenida Almirante Reis, Praça do Chile, até à Alameda D. Afonso Henriques, onde os autocarros ficaram estacionados. Foi acima de tudo um acto de propaganda do poder crescente da indústria rodoviária sobre o caminho-de-ferro.
A CACHE
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N38º XX.XXX W009º 00.0XX