Atenção: a cache não se encontra nas coordenadas indicadas!
É conhecido atualmente como o “Terreiro da Erva”, embora a toponímia revele ainda dois outros espaços: a Quinta do Prior e o Adro de Santa Justa. A toponímia esclarece a “estranheza” de vermos um adro sem igreja. Desta igreja resta só a capela-mor e a capela da epístola, meias soterradas.
Imagem 1 – Terreiro da Erva (Vista aérea e localização).
As notícias mais antigas que existem sobre a atual zona do Terreiro da Erva remontam a 1100, (Teixeira, 1890:173; Brito, s.d:146), data de fundação de um mosteiro dedicado a Santa Justa, padroeira dos oleiros. De facto, a zona encontra-se em pleno bairro medieval das olarias.
Embora o arquiteto Walter Rossa (2001:284), proceda a uma referência de existência a uma evocação a Santa Justa e Santa Rufina, já no ano de 1098.
Imagem 2 – Relicário das Santas Justa e Rufina (séc. XVI).
No ano de 1102, o Bispo de Coimbra D. Maurício, doou a igreja de Santa Justa, ao abade D. Hugo em honra de Santa Maria da Caridade, para que quando os monges franceses viessem a Coimbra, lhes servisse de recolhimento.
Após expulsão dos monges, passou a ser sede de paróquia, tendo sido habitada pelos Cónegos Regrantes, na forma de uma doação real efetuada em 1152.
Na época afonsina a igreja, o claustro e as construções anexas, foram reedificadas pelo Presbítero Rodrigo, assim o testemunha o epitáfio do mesmo, que atualmente se encontra no Museu Nacional Machado de Castro, e no séc. XIII/XIV sofreram uma nova reforma.
Na igreja de Santa Justa mantinham-se os serviços religiosos, e apesar do templo estar reconstruído, o rio Mondego continuava a visitá-lo. No dia 1 de fevereiro de 1708 as águas entraram na igreja, chegando à tribuna do altar-mor. Os danos causados pelas inundações do rio forçaram o abandono da igreja de Santa Justa.
Em 24 agosto de 1710, o bispo conde D. António de Vasconcelos e Sousa lançou a primeira pedra de construção da nova igreja, e no ano de 1724 foi sagrada pelo Deão da Sé, Luís Pereira de Sampaio, passando assim os serviços religiosos para a nova igreja. Esta nova igreja, homónimo da antiga, substituiu, assim, o templo medieval do Terreiro da Erva.
Imagem 3 - Fotografia da Igreja atual de Santa Justa (2015).
Segundo registo de Vergílio Correia e Nogueira Gonçalves (1947:34), em meados do séc. XX, e ainda hoje, se conservam no local primitivo da igreja, uma abóbada numa casa de habitação.
Imagens 4 – Vestígios da cabeceira da Igreja de Santa Justa, no Terreiro da Erva.
Na análise da planta datada de 1907, verificam-se igualmente os topónimos, que ainda hoje subsistem, indicadores da presença da igreja e da sua localização, como “Adro de Santa Justa” ou “Páteo do Prior”, hoje Quintal do Prior (realçados a vermelho).
Imagem 5 – Planta de 1907, com destaque da toponímia indicativa da igreja de Santa Justa, realçado a verde.
Foram realizadas sondagens arqueológicas prévias ao projeto de Reabilitação Urbana do Terreiro da Erva, em Coimbra, entre 2003 e 2004. Destas sondagens destacaram-se 2 estruturas de pedra de médio e grande porte com argamassa e reboco que, pela sua imponência, são atribuíveis à igreja.
Imagem 6 – Sucessão de pisos e uma das estruturas atribuíveis ao templo.
Em termos de espólio registado, destaca-se uma pia em pedra, descontextualizada, cerâmica de várias épocas (desde séc. XVI, até ao séc. XX), ferro e várias moedas datadas entre séc. XVII e o séc. XIX, sendo a mais antiga uma moeda de III reis de 1699.
No que diz respeito a estruturas, para além de um arco tamponado na parede, constituído por pedras de médio e grande porte de aparelho regular e tijolo com argamassa que era visível antes da escavação, registaram-se duas estruturas constituídas por tijoleiras argamassadas e pedras de médio e grande porte, tratavam-se de arranques de dois arcos.
Imagem 7 – O arco tamponado e um dos arranques de um outro arco.
Adaptado de:
http://gch.cm-coimbra.pt/wp-content/uploads/2012/12/TE-artigo-Terreiro-da-Erva.pdf
Correia, Virgilio e Gonçalves, Nogueira. Inventário Artístico de Portugal - Cidade de Coimbra - II. Lisboa: 1947.
Departamento de Cultura - Gabinete de Arqueologia, Arte e História. Património Edificado com Interesse Cultural - Concelho de Coimbra. Câmara Municipal de Coimbra: junho de 2009.
A CACHE:
Nas coordenadas publicadas têm que contar quantas abóbodas (A) se conservam no local primitivo da igreja de Santa Justa, que é agora uma casa de habitação, no Terreiro da Erva. E contar os canteiros públicos (B) que se encontram em todo o Terreiro da Erva.
A cache final está em: N 40º 12.9(A+1)7, W 008º (B-6).963
A cache não tem material de escrita e não permite troca de objetos. Boas cachadas!
Atenção: Ao recolocarem a cache no local, deixem-na tal e qual como estava! Só assim asseguramos a durabilidade desta.