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(O Desastrado) Paleontólogo Vicente EarthCache

Hidden : 3/9/2015
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:






Vicente é um desastroso paleontólogo. Na realidade, nem se pode considerar um verdadeiro paleontólogo uma vez que nunca na sua vida encontrou um fóssil que fosse.
Contudo, se a sorte não acompanha Vicente, a perseverança ocupa o seu lugar. Há anos que Vicente continua a sua infrutifera procura por um mero fossil que seja pelos 4 cantos do mundo, contudo nunca tivera uma oportunidade de conhecer um..

Há medida que a sua vida avança e o seu sonho não se concretiza, mesmo a perseverança mais forte começa a quebrar. Mas a sorte de Vicente está para mudar..

Numa visita à região de Anadia para comer um belo leitão, Vicente ouve uma conversa de rua que o chama a atenção - existe um antigo mapa de fosséis por descobrir nesta região! O triste e desperado Vicente reavivou-se!

Energéticamente iniciou uma busca por esse mapa, acabando por o encontrar pouco tempo depois num velhote da aldeia das Lezirias, a troco de uns euros. A busca começa!

Muita busca, mas novamente, um valente nada...

Contudo, nem tudo é mau para o Vicente.. Tem agora em sua posse o mapa que o pode ajudar a concretizar o seu sonho de criança.. Está apenas um passo de conseguir resolver o seu "inguiço da má sorte"! Mas para isso, tem 7 perguntas cruciais por responder...

E é aqui que tu entras! O Vicente precisa de um paleontólogo experiente como tu, para descobrir as respostas às perguntas que teimam em continuar sem resposta..

Estás disposto a ajudar o Vicente? A missão não será fácil, mas só tu es capaz de ajudar este desastrado do Vicente...

Prepara o teu equipamento de paleontologia, decora estas perguntas e parte em busca das respostas do Vicente!

No WP 1 - Que fóssil presente na listing (A,B,C,D) podem encontrar neste local? | Que tamanho tem o fóssil? (1cm/5cm/10cm/20cm) |

No WP 2 - Que fóssil presente na listing (A,B,C,D) podem encontrar neste local? | Que cor está presente na rocha que contém este fossil? |

No WP 3 - Que fóssil presente na listing (A,B,C,D) podem encontrar neste local? | Onde se encontra esse fóssil? |

No WP 4 - Que fóssil presente na listing (A,B,C,D) podem encontrar neste local? | Quantos fosseis encontram numa rocha junto ao fossil da imagem?

Que tipo de fósseis podem encontrar nesta geocache?




FÓSSEIS

Os fósseis (palavra derivado do termo latino fossilis que significa "desenterrado" ou "extraído da terra") são restos de seres vivos ou evidências de suas atividades biológicas preservados em diversos materiais. Essa preservação ocorre principalmente em rochas, mas pode ocorrer também em materiais como sedimentos, gelo, piche, resinas, solos e cavernas e os exemplos mais citados são ossos e caules fossilizados, conchas, ovos e pegadas.

A totalidade dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil, o qual contém inúmeros restos e vestígios fossilizados dos mais variados seres do passado geológico da Terra. Porém, apenas uma porcentagem ínfima das espécies que já habitaram a Terra preservou-se na forma de fósseis, já que a fossilização é considerada um fenômeno excepcional por contrapor-se aos processos naturais de decomposição e o intemperismo. Logo, as partes esqueléticas biomineralizadas, mais duras e resistentes à decomposição e à erosão, tais como dentes, conchas, carapaças e ossos, é bem mais frequente e, por isso, a esmagadora maioria do registo fóssil é constituída por fósseis deste tipo de restos biológicos.


FORMAÇÃO DE FÓSSEIS

A fossilização de um organismo é resultante da ação de um conjunto de processos químicos, físicos e biológicos que atuam no ambiente deposicional. Têm mais chances de serem preservados aqueles organismos que possuem partes biomineralizadas por carbonatos, fosfatos e silicatos ou constituídos por materiais orgânicos resistentes, como a quitina e a celulose. Mesmo assim, ocorrem no registro geológico muitas preservações excepcionais de partes moles (CASSAB, 2004).

Após a morte dos organismos, no ciclo natural da vida, as partes moles entram em processo de decomposição devido à ação das bactérias, e as partes duras ficam sujeitas às condições ambientais, culminando com sua destruição total. A fossilização representa a quebra deste ciclo e, portanto, deve ser sempre vista como um fenômeno excepcional. No decorrer do tempo geológico, apenas uma percentagem ínfima das espécies que um dia habitaram a biosfera terrestre preservou-se nas rochas. Muitas espécies surgiram e desapareceram sem deixar vestígios, existindo portando muitos hiatos no registro paleontológico (CASSAB, 2004).

Vários fatores atuam na preservação dos indivíduos e favorecem a fossilização. O soterramento rápido após a morte, a ausência de decomposição bacteriológica, a composição química e estrutural do esqueleto, o modo de vida, as condições químicas que imperam no meio, são alguns desses fatores, cujo somatório determinará o modo de fossilização. Mesmo depois dos fosseis já estarem formados, outros fatores concorrem para sua destruição nas rochas, como águas percolantes, agentes erosivos, vulcanismo, eventos tectônicos e metamorfismo. As rochas onde os fosseis são encontrados indicam as condições que prevaleceram no ambiente onde esses organismos viviam ou para o qual seus restos foram transportados (CASSAB, 2004).

Peculiaridades químicas e fatores físicos, juntos, são responsáveis pela preservação e integridade do espécime fóssil. Os principais são: distância do transporte, tempo de flutuação, taxa de deterioração, taxa de mineralização e taxa de sedimentação (MARTINS-NETO & GALLEGO, 2006).

A distância do transporte depende de peculiaridades na variação de possibilidades do fluxo da água e velocidade do vento. Igualmente, atuam a carga do fluxo, topografia do terreno, inclinação, barreiras, vegetação e taxa de precipitação (MARTINS-NETO & GALLEGO, 2006).

O tempo de flutuação depende de características peculiares de matérias contidas na água: concentração salina, quantidade de O2, resistência exterior, densidade, pH, temperatura, profundidade, tamanho, presença de minerais e fragmentos. Paralelamente, o tempo de flutuação depende da conveniência do organismo: se ele é duro, leve, pontiagudo, plano, delicado, grande, pequeno, e especialmente se ele está vivo ou morto (MARTINS-NETO & GALLEGO, 2006).

A taxa de deterioração depende de características peculiares presentes na água: quantidade de microorganismos, presença ou ausência de anoxia no fundo, ausência ou presença e quantidade de minerais específicos no corpo d'água, e sobre ele (MARTINS-NETO & GALLEGO, 2006).

O tempo de flutuação, combinado com a distância do transporte, produz um produto final: o fóssil coletado, dessa forma reduzindo-o a seis variáveis: fóssil completamente articulado; semi-articulado; totalmente desarticulado; completamente fragmentado; semi-fragmentado e totalmente desarticulado. Uma espécie totalmente articulada implica que a distância do transporte foi mínima (mesmo terrestre) ou rápida (mesmo aérea), dessa forma impedindo ou iniciando o processo de transporte por abrasão (MARTINS-NETO & GALLEGO, 2006).

A seqüência ou ordem de desarticulação é um importante fator na análise da historia tafonômica (tafonomia: tafos=sepultamento; nomos=leis) de um vertebrado, porque fornece subsídios importantes para o entendimento dos processos e eventos ocorridos no pós-morte/pré-soterramento. Nos vertebrados, a seqüência de desarticulação é determinada pelo tipo de articulação do elemento ósseo no esqueleto. Sob condições de clima úmido ou em ambiente marinho, a desarticulação se inicia com a desconexão do crânio, devido à alta mobilidade da junção atlas-áxis, seguindo a desarticulação dos membros e da coluna vertebral caudal. Por último, há a desarticulação da coluna vertebral dorsal-sacral. Em vertebrados terrestres, sob clima árido, essa seqüência é prejudicada pela mumificação (preservação parcial das partes moles por desidratação) das carcaças. Fatores adicionais, como a ação de necrófagos e, no caso de vertebrados terrestres, o pisoteio (trampling) podem contribuir para a desarticulação esquelética (SIMÕES & HOLZ, 2004).


TIPOS DE FÓSSEIS

São classificados em dois tipos: restos (ou somatofósseis) e vestígios (ou icnofósseis) .

Resto: tipo de fóssil que ocorre quando alguma parte do ser vivo é preservada. São consideradas evidências diretas dos seres vivos. Por exemplo, fósseis de dentes, de carapaças, de folhas, de conchas, de troncos, etc.

Vestígio: tipo de fóssil que ocorre apenas com evidências indiretas dos seres vivos, isto é, resultam de suas atividades biológicas. Por exemplo, estromatólitos, fósseis de pegadas, de marcas de mordidas, de ovos (da casca dos ovos), de excrementos (os coprólitos), secreções urinárias (urólitos), de gastrólitos, de túneis, de galerias de habitação, etc.


FOSSEIS DA BAIRRADA

São possiveis de observar diversos tipos de fosseis do tipo "Restos (somatofósseis)", nomeadamente diversas plantas e folhas, conchas de vários tamanhos e formatos, trilobites e amonites. A presença destes fosseis à muito que é conhecida, contudo nunca foram estudados a fundo os seus tipos e distribuição.

Na zona desta earthcache poderão encontrar inúmeros fosseis, sendo que basta um pouco de atenção ás rochas que vos rodeiam e facilmente poderão encontrar ínumeros registos fósseis. Além do mais, um facto curioso é, que dado que no passado diversas estruturas humanas eram construídas com materiais abundantes nas zonas envolventes, e facilmente podem encontrar algumas estruturas mais antigas que apresentam na sua constuição diversos fosseis, que muito provavelmente poderão ter passado despercebido a quem construiu estas estruturas.


CARACTERISTICAS DO SOLO DOS VINHEDOS DE PAREDES DO BAIRRO

Da idade do "Jurássico Inferior" ( 201 e 174 Milhões de Anos atrás), e pertencente à "Orla Mesocenózóica de Portugal", o solo desta região corresponde á fase inicial de enchimento carbonatado da Bacia Lusitânica. Entre os sedimentos do Lias, destacam-se espessas séries margo-cálcarias, atribuidas temporalmente à parte terminal do Sinemuriano até ao Final do Toarciano. A sua expressão cartográfica é bastante vasta, ocupando largas áreas territoriais, de que são exemplo as faixas de afloramento contínuo Anadia-Tomar e Mealhada-Figueira da Foz.


REFERÊNCIAS

Esta geocache tem por base outra earthcache em Barcelona URBAN FOSSILS IN BARCELONA. Quanto ás fontes de informação, foi usado o website da wikipédia, estudos gelógicos (Duarte e Soares, 2002) e alguns outros sites com informação geológica.

GEOCACHE

Esta Earthcache é composta por 4 pontos de passagem obrigatória para a conclusão da mesma. Em cada um dos WPs fornecidos deverão procurar respostas ás perguntas colocadas. Recomenda-mos que levem máquina fotográfica e registem a vossa passagem pelo local para posterioremente partilharem com todos a vossa aventura geológica e também as surpresas que podem encontrar durante a realização desta cache. Atentem sempre as pequenas rochas dos caminhos que vão percorrer, pois poderão encontrar ínumeros fosseis!





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