Mira pertence administrativamente à Região Centro, mais concretamente ao distrito de Coimbra.
Esta região no quadro geográfico nacional localiza-se na faixa litoral entre as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Do ponto de vista da actual organização da região centro, o concelho de Mira encontra-se integrado no agrupamento de concelhos da Sub-região do Baixo Mondego, juntamente com Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Penacova e Soure.
O concelho faz ainda parte integrante de uma vasta área que engloba a Ria de Aveiro e que constituí a chamada Associação dos Municípios da Ria (AMRIA), bem como à região natural da Gândara, que se estende entre as bacias dos rios Vouga e Mondego, fazendo igualmente parte da associação dos municípios do Baixo Mondego e Gândara.
Está limitado pelo concelho de Vagos a Norte, a Sul e a Nascente pelo concelho de Cantanhede e a Poente pelo Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 124,1 Km2 e é constituído por 4 freguesias: Mira, Praia de Mira, Carapelhos e Seixo.
Encontra-se a cerca de 40 km de Coimbra, 16 km de Cantanhede, 15 km de Vagos, 29 km de Aveiro e 30 km da Figueira da Foz.
Os indícios de vestígios antigos da vida humana no Concelho de Mira remontam a épocas antiquíssimas. Da época romana foram encontrados alguns materiais de construção, nomeadamente 'tegulae' (telhas) e cerâmica doméstica. No periodo Muçulmano esta região terá sido palco de guerras entre cristãos e árabes quando estes dominaram Coimbra e zona envolvente.A influência árabe foi, aliás,muito nítida tendo mesmo a região um dos maiores focos de moçarabismo de toda a península.
É a partir da última conquista de Coimbra aos árabes, em 1064, que melhor se conhece a História das terras de Mira. Terá sido o primeiro Governador de Coimbra, o moçarabe Sisnando que entregou as terras de Mira a Soleima Godinho, sendo a posse confirmada em Fevereiro de 1095, por D. Raimundo e D. Urraca, então Senhores de Portucale.
A partir da construção do mosteiro de Santa Cruz estas terras passaram para a sua posse sendo arroteadas, valorizadas e levando à criação de novos povoados. Em 1442 D. Pedro (Regente de Portugal e Duque de Coimbra) concede autonomia administrativa à Vila de Mira e diversos previlégios para fixar população e desenvolver o lugar.
D. Manuel I concede foral de Mira em 28 de Agosto de 1514, e dá a administração da Vila a Gonçalo Tavares, o primeiro senhor de Mira.
Manteve-se o senhorio de Mira na Família dos Tavares até ao séc. XVIII, quando passou a integrar a Casa das Rainhas. E aí se manteve até à extinção do regime senhorial, em 1833.
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Info. retirada do site da Câmara Municipal de Mira
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