O solo que circunda o lugar do Alto Catorze (Caseta) até ao lugar da cruz é rico em minérios. Em 1874 e 1875 foram manifestados na Câmara Municipal de Santo Tirso minas de quartzo aurífero, Ferro, Ouro, Prata, Galena Argentífera, Galena de Chumbo, Fosforite e outros metais, embora, por razões desconhecidas, estas nunca foram exploradas. Próximo deste lugar apareceram objetos romanos e existem minas que se presume serem do tempo dos mouros. Um pouco mais abaixo deste lugar existe o lugar da Cruz, em que se julga ter existido um Castro. Era vulgar os mouros desses recuados tempos utilizarem os outeiros próximos dos cursos de água e segundo a informação de um aldeão centenário desta freguesia (Joaquim Neves), existiam vestígios destes no lugar da cruz - lembrava-se de existir nesse monte minas e poços muito fundos e umas grandes pedras que lhe havia dito seu pai, serem sepultura de mouros. Outro testemunho de uma outra habitante desta freguesia (Maria Carneiro Filipe) diz: “(...) o meu avô falava muito nos mouros, (...) que moravam lá p´rá Cruz. Contava ele que esses mouros eram tão valentes que um dia pegaram num arado e, lá do alto, o lançaram a mais de dois quilómetros indo este cair num poço sem fundo. Dizia ainda que muitas pessoas tentaram detetar essa alfaia agrícola mas esse arado de ouro nunca foi encontrado pois o poço não tinha fundo.”
Para além destas lendas existe uma história mais recente que se passa neste local da cache denominada por Alto Quatorze. Dizem os aldeões desta freguesia que foi edificado no alto deste monte uma casa cuja a função era proteger um poste de alta tensão que ali existia, não se sabe qual a finalidade dessa proteção. Existe o registo que naquela casa habitou uma familia durante muitos anos e da qual tinha como função proteger ou fazer manunteção do poste. Segundo o testemunho de alguns aldeões de Água Longa essa familia enterrou alguns pertences seus, de grande valor, nas redondezas da casa, por motivos desconhecidos (presume-se que fosse para se precaverem de salteadores). A família extinguiu-se e os bens ficaram esquecidos no tempo enterrados em parte incerta, que até hoje não foi descoberta.
A tua missão como já deves calcular é descobrir esse tesouro, que ficou esquecido no tempo até aos dias de hoje, boa sorte.
Para saber mais sobre o assunto, consultar:
PEREIRA, Manuel Moreira; Água Longa – Esboço de uma monografia, Santo Tirso; edição, local, 1997 MOREIRA, Álvaro de Brito; Carta arqueológica do concelho de Santo Tirso – das origens do povoamento à alta idade média; Câmara Municipal de Santo Tirso; Santo Tirso, 2014
Para a cache:
- Deixem o cachemobile no waypoint aconselhado e vão a pé. É possivel chegar até á cache com veiculos TT (BTT, motos ou jipes).
- Tirem fotos para mais tarde recordar.
Aviso: Por favor não coloquem fotos ou pistas que identifique a cache.