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Forno da Cal - Linhó, São Pedro de Penaferin Mystery Cache

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TR THE BIGGEST OWNER: ok

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Difficulty:
4.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:

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Fornos de Cal

Os primeiros vestígios de produção industrial de Cal Viva surgem no Egipto, cerca de 3000 anos AC. De fato, as famosas pirâmides foram construídas com grandes blocos de calcário, ligados entre si por um cimento constituído por uma mistura de cal e gesso.

Tecnologia semelhante foi utilizada pelos Maias e pelos Incas na execução das suas obras monumentais; e o mesmo se poderá dizer dos índios Mogul, 2500 anos AC. No século IV AC, o filósofo e historiador Grego Xenofonte refere que, para além das utilizações em estuques e argamassas, "É a Cal serve, também, para o branqueamento de tecidos de linho".

Mais tarde, em 75 AC, o Romano Dioscorides, faz referência às aplicações farmacológicas da Cal, "É desde que diluída em água". Foram, ainda, os Romanos, que desenvolveram as primeiras grandes aplicações da Cal em geotecnia, nomeadamente com o objectivo de procederem à secagem dos terrenos, e à aplicação de um ligante de fixação das lages às plataformas por onde passavam algumas das suas monumentais estradas, como foi o caso da construção da Via Apia.

Devido às suas propriedades especiais, a Cal assume, ao longo dos séculos, um papel extraordinariamente importante em múltiplas actividades, industriais ou não. Para além das suas múltiplas aplicações na Construção Civil (caiação, formulação de argamassas de reboco e enchimento, estuques, etc.), as suas propriedades higroscópicas fazem da Cal Viva um agente desumidificador ambiente de reconhecida eficácia. Na Agricultura, o seu efeito alcalinizante, fazendo subir o pH dos solos, promove a melhoria das trocas catiónicas, potenciando a eficácia dos adubos e micronutrientes em relação às culturas.

Processo Produtivo.

O processo de fabricação da Cal inicia-se na jazida de calcário, de onde é extraída a rocha calcária utilizada para fabricação da cal. Para que a rocha seja extraída da jazida o processo normalmente utilizado é o desmonte por meio de explosivos. O interesse pela rocha calcária vem de sua composição que é basicamente constituída de carbonato de cálcio [CaCO3] e carbonato de magnésio [MgCO3] dentre outros, compostos estes que serão transformados na cal posteriormente. A primeira etapa realizada é a furação que varia em número e profundidade de acordo com os estudos geológicos pré-existentes, quantidade de rocha que se deseja desmontar e até mesmo a granulometria desejada no minério desmontado . Depois de realizado a furação o explosivo é colocado nos furos para que a detonação (?fogo?) seja efetuada e o desmonte da rocha aconteça. Estas etapas devem ser precedidas de um estudo geológico que visa identificar através de amostragens e ensaios químicos o mapeamento da jazida segundo as características químicas da rocha. Apesar de muitas vezes ignorada, esta operação é de fundamental importância para que a qualidade do produto final seja alcançada bem como para o aproveitamento adequado da jazida. A rocha desmontada é carregada com o auxílio de pá carregadeiras em caminhões e transportada até o britador, equipamento que efetuará a britagem das rochas nas dimensões desejadas e adequadas para a próxima etapa do processo.

À adequação das dimensões das rochas pode ser realizado no próprio canteiro suprimindo o uso de britadores, no entanto esta prática esta praticamente em desuso devido à baixa produtividade e alto custo operacional. A rocha transportada até o britador é britada onde a granulometria desejada é obtida por meio de regulagem do equipamento conjugado com peneiramento. As ?pedras? que apresentam dimensões dentro dos limites desejados são estocadas em montes onde posteriormente serão transportadas até o forno, as de menor dimensão serão desviadas do processo e conduzidas para a fabricação de outros produtos e as de maiores dimensões serão realimentadas ao britador para adequação das dimensões. As pedras são transportadas ao forno, podendo este transporte ser por meio de pás carregadeiras e caminhões ou por meio de transportadores mecânicos como exemplo as correias e cintas transportadoras.

O forno é um dos principais equipamentos do processo, e é onde ocorre a calcinação da rocha calcária e transformação em cal. Para esta importante etapa do processo existem vários tipos de fornos que vão desde fornos verticais construídos em pedra com processos manuais ou semi-automatizados, sendo estes normalmente de baixa capacidade de produção ou modernos fornos metálicos verticais ou horizontais totalmente automatizados de alta capacidade de produção. Uma vez alimentada ao forno, as pedras irão permanecer no seu interior para que as reações ocorram sendo que e o tempo de permanência da pedra no interior do forno esta diretamente ligado ao tipo de forno que a linha produtiva dispõe. A principal reação que ocorre no interior do forno durante a calcinação é descarbonatação do calcário, em outras palavras o carbonato de cálcio e o carbonato de magnésio são transformados em óxido de cálcio [CaO] e óxido de magnésio [MgO] respectivamente.

A descarbonatação se dá por meio da ação do calor que é obtido no forno através da queima do combustível. Os combustíveis utilizados são de várias origens sendo os mais utilizados: lenha, serragem, borracha, gás natural, biogás, óleos minerais e até mesmo resíduos industriais ou um mix dos combustíveis citados. A descarga do forno se dá de forma contínua ou intermitente (batelada) a depender do tipo de forno e o produto obtido nesta etapa é a CAL VIRGEM EM PEDRA que após o resfriamento já possui diversos tipos de aplicação podendo assim ser comercializada ou alimentada ás fases seguintes do processo. Nesta etapa do processo, a cal virgem em pedra poderá seguir caminhos distintos sendo um para a produção de cal virgem em pó ou um outro para a produção da cal hidratada. Cal Virgem em Pó: A cal virgem em pedra é armazenada para resfriamento e posteriormente será alimentada ao moinho onde será britada e moída até que seja alcançada a granulometria desejada. Posterior a moagem o produto obtido é a CAL VIRGEM EM PÓ que é conduzida aos silos de armazenagem onde posteriormente será ensacada ou comercializada a granel.

Cal Hidratada: A cal virgem em pedra é armazenada para resfriamento e posteriormente transportada para a fase seguinte do processo, a hidratação. Nesta etapa ocorre a reação de hidratação do óxido de cálcio e óxido de magnésio onde os mesmos são transformados em Hidróxido de Cálcio [Ca(OH2)] e Hidróxido de Magnésio [Mg(OH2)], esta reação se processa quando a cal virgem entra em contato com a água [H2O]. A hidratação, como é conhecida esta etapa, normalmente ocorre nos hidratadores, denominação utilizada para o conjunto de equipamentos utilizados nesta etapa do processo.

A forma de hidratação bem como os equipamentos utilizados podem variar bastante de acordo com a linha produtiva uma vez que muitas linhas realizam uma etapa de pré-hidratação utilizando a cal virgem em pedra quando ainda armazenadas em montes enquanto outras possuem equipamentos mais modernos e automatizados onde a hidratação ocorre após a moagem da cal virgem em pedra. Após a hidratação a cal agora denominada de CAL HIDRATADA é armazenada para posteriormente ser ensacada ou mesmo comercializada a granel. Independentemente dos equipamentos utilizados no processo de fabricação, ou do grau de modernidade da linha produtiva a qualidade da CAL é função e resultado do controle que se realiza nas matérias primas bem como em todas as fases do processo produtivo.

Additional Hints (Decrypt)

anf pbbeqranqnf gncnqn cbe crqen [N 38° 46.133 W 009° 23.480]

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)