Numa fábrica roleira também é feita a cozedura da cortiça e também tem o seu repouso, depois disso o escolhedor observa a prancha de cortiça e determina as áreas a separar, utilizando facas de traçar, de perfil retilíneo, em bancas de madeira. Para determinar as linhas de corte são seguidas algumas regras:
1) Aproveitamento de rachas naturais da costa para estragar o menos possível a prancha;
2) Separação das partes da cortiça que não são aproveitáveis (por insuficiência de espessura ou gravidade de defeitos) e vão constituir refugo.
3) Face às dimensões mínimas normalizadas das pranchas para a rabaneação e consequente produção de rolhas, o critério da espessura pode ser sacrificado.
4) Atender à necessidade de obter dimensões de pranchas com um manuseamento fácil na rabaneação.
5) Separação dos bocados, pedaços de cortiça sem dimensão para prancha ou utilidade para o processamento industrial rolheiro é destinado, tal como os refugos, à indústria granuladora.
A qualidade das pranchas é avaliada em 6 classes desde a 6ª até à 1ª, atendendo à porosidade, defeitos, aspeto da barriga e da costa (a costa é a parte mais escura e exterior da prancha) e ao relevo da costa. As pranchas de 1ª qualidade caracterizam-se por uma grande homogeneidade da barriga e costa, menor porosidade, e ausência de defeitos. De entre os defeitos da cortiça destacam-se a porosidade excessiva, densidade elevada, deficiência de elasticidade, permeabilidade das membranas celulares, marmoreado, esfoliação, enguiado e mancha amarela.
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