O Palácio Fialho (ou atualmente Colégio do Alto) é um dos edifícios notáveis de Faro, estando situado próximo da Ermida de Santo António do Alto.
A pedido do industrial João Júdice Fialho, o arquiteto Manuel Norte Júnior concebeu um projeto arquitetónico revivalista da arte clássica francesa.
Frondosa mata e campo de hortejo envolvem um jardim à francesa, no centro do qual se ergue o Palácio. Não se avista a cidade de Faro, intenção do proprietário que dela o esconde, por não lhe ter sido facilitada a construção da sua residência no tecido urbano da cidade, com a utilização dos seus próprios terrenos e a permuta de outros. Todavia, visto de Olhão, é deslumbrante o panorama.
João António Júdice Fialho, proprietário, comerciante e industrial detentor de fortuna considerável, decide a construção do imóvel palaciano, na primeira metade do século XX.
Efetuada a compra em 1911, vê arrancar as obras em 1914 que durarão até 1925. A 2 de Maio desse ano, com todos os seus familiares, criados, guardas, eletricistas e trabalhadores rurais, faz dessa sumptuosa residência a sua morada fixa.
A arquitetura do palácio filia-se nas características do estilo “Rocaille”: inspira-se, essencialmente, nos solares palacianos de França, reunindo elementos da Arte Italiana.
Adquire o foro de construção singular em todo o Algarve, proclamando louvores ao arquiteto Manuel Joaquim Norte Júnior, ao proprietário e à cidade de Faro.
Em Dezembro de 1954, liberto do recheio mobiliário, das decorações e das obras de arte, como a estatuária que povoava os jardins, é adquirido pela Diocese do Algarve, na pessoa do Prelado D. Francisco Fernandes Rendeiro, O.P. Instala-se, então, no edifício, o Colégio de Nossa Senhora do Alto, que ali funciona há cerca de cinquenta anos: e, assim, a vida palaciana dá lugar às vivências escolares.
A CACHE:
A cache é um pequeno contentor e situa-se no exterior da propriedade, num local onde se consegue ter uma boa perceção do antigo palácio.