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Degraus de Gigante EarthCache

Hidden : 2/7/2014
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
3 out of 5

Size: Size:   not chosen (not chosen)

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Geocache Description:



Degraus de Gigante


Introdução

A exploração de mármores, na região de Estremoz, na época ocupada pelos romanos, remonta ao século I d.C. O Templo romano de Évora é uma evidência dessa exploração, pois as suas bases e capitéis são constituídos por mármore de Estremoz. A partir do século XX, com a melhoria das técnicas utilizadas na extracção da rocha, o sector adquiriu uma enorme importância para a região. Na década de 70 já eram cerca de 200 as pedreiras em laboração. Actualmente, o número de pedreiras em actividade diminuiu, levando à existência de um número muito elevado de pedreiras abandonadas.

Enquadramento geológico

Os mármores fazem parte da série carbonatada, de idade câmbrica, que se encontra na região de Estremoz. Os mármores, na base, são de grão fino, apresentando-se muito xistificados, localmente dolomitizados. Por cima encontram-se mármores, pouco xistificados, de grão médio a fino, de cor clara (branco, creme, rosa e cinzento).

Na realidade, não é correcto afirmar que os mármores são câmbricos, pois durante o câmbrico depositaram-se calcários, que só mais tarde (durante a formação da cadeia orogénica varisca, entre o final do Devónico e o Pérmico – 360 M.a. a 250 M.a.), serão metamorfizados, dando origem aos mármores. É também durante esse período que estas rochas vão ser dobradas em antiforma, originando um antiforma anticlinal.

Ilustração 1: Esquema sobre os tipos de dobras.

Ilustração 2: Cartografia do Anticlinal de Estremoz adaptado de Lopes et al. 2000.

Exploração dos mármores de Estremoz

A abertura de uma pedreira, a céu aberto, é realizada por fases, desde a prospecção até à exploração propriamente dita. Numa primeira fase é feita a caracterização do modelo geo-estrutural que permite identificar as zonas com maior potencial ornamental e a caracterização geodinâmica, ou seja a caracterização do maciço a explorar do ponto de vista da sua resistência, deformabilidade e critérios de ruptura. Feito o estudo de viabilidade da exploração segue-se a definição das operações unitárias e auxiliares bem como a definição do pessoal necessário às operações e equipamento e maquinaria a utilizar.

A exploração dos mármores em Estremoz é feita por degraus e obedece, entre outras, às seguintes condições:

- A altura dos degraus varia entre os 5 e os 7 metros de altura;

- Na base de cada degrau deve existir um patamar com cerca de 2 metros de largura, para permitir que os trabalhos e a circulação dos trabalhadores decorram em segurança;

- O arranque de um degrau só deve ser iniciado depois dos escombros, resultantes do arranque do degrau anterior, serem removidos;

Em Estremoz o desmonte da pedreira é feito por degraus por extracção de blocos definidos consoante as características do maciço, as produções requeridas, a mão-de-obra e equipamento disponíveis. O desmonte é realizado pela seguinte ordem de operações:

- Furação para definição do bloco primário em cada degrau;

- Corte do bloco primário com o fio helicoidal, fio diamantado, roçadora ou o jacto

hidráulico;

- Derrube das fatias com o auxílio, por exemplo, de uma retroescavadora;

- Esquartejamento, que é feito pela realização de cortes laterais que dividem o bloco maior em fatias que definem o maior bloco transportável;

- O acabamento que consiste na correcção total dos blocos transportados, executado por uma monolâmina.

Efectuar o log desta cache

Para efectuarem o log da cache devem em primeiro lugar deslocar-se ao ponto georreferenciado. De seguida devem responder às seguintes questões:

  1. Qual o espaçamento, em centímetros, entre os diferentes cortes verticais?
  2. Qual a atitude (direcção e inclinação) dos mármores que se observa no afloramento? (Nota: aqui a xistosidade está sobreposta à estratificação).

Caso entenda ter as respostas correctas às questões faça o log da cache e, envie por e-mail a identificação da cache e as respectivas respostas. O endereço de e-mail pode ser obtido a partir do meu perfil. Quando enviar as respostas seleccione a opção “Quero enviar meu e-mail junto com este”.

Agradece-se a quem fizer o log da cache que não junte fotos do local.

α – É a relação angular entre o Norte magnético e a direcção do plano a medir (a cinzento).

β – É a inclinação ou relação, em graus, entre o plano a medir e o plano horizontal.

Quando se refere a atitude de um plano indica-se, em primeiro lugar, a direcção do plano em quadrantes (N, S, E e O) ou em azimutes (0 a 360º) seguida da sua inclinação e direcção de inclinação em quadrantes.

Exemplos de anotações de atitudes:

(N45ºE, 50ºSE) ou (45, 50ºSE) – a direcção é de 45º a partir do norte em direcção ao este, inclinando 50º para sudeste.

Caso o mesmo plano incline na direcção oposta tem-se:

(N45ºE, 50ºNO) ou (45, 50ºNO) – a direcção é de 45º a partir do norte em direcção ao este, inclinando 50º para noroeste.

Todas estas medições podem ser realizadas através de uma bússola com clinómetro. Caso a sua bússola não tenha clinómetro, a solução passa por utilizar um transferidor.

Ilustração 3: Esquema geral do afloramento.

Bibliografia

Gonçalves, F. (1974) - Carta Geológica de Portugal na escala 1:50000. Notícia Explicativa da Folha 26-B – Estremoz. Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, 64 pp.

GUERREIRO, H. J. P. (2000) - "Exploração Subterrânea de Mármores - Aspectos Geotécnicos". Dissertação para a Obtenção do Grau de Mestre em Georrecursos - Área de Geotecnia. Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa.

Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), Templo Romano de Évora - http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70489/, consultado em Fevereiro de 2014.

LOPES, J. (2000) – Contribuição para o conhecimento Tectono-Estratigráfico do Nordeste Alentejano. Tese de doutoramento. Universidade de Évora. Departamento de Geociências. Évora, 451 p.


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