O Contrabandista
Homens e Mulheres (maioritariamente homens) em geral, jovens prontos a enfrentar a dureza física da actividade, com travessias fluviais a nado, vários dias e noites de caminhadas, e com capacidade e resistência, para fugas, às autoridades.
De todos os estratos sociais e classes profissionais, mas em geral, pessoas provenientes de estratos sociais mais baixos, com famílias numerosas e reduzidos rendimentos do trabalho legal, conjugavam o contrabando, como actividade paralela, à actividade profissional legal e como fonte de rendimento acrescido.
Os três principais tipos de interveniente no esquema do contrabando.
O “Caminheiro”, líder e orientador do grupo de contrabandistas, que seguia à frente, conhecendo os trilhos usados e sujeitando-se pelo “encabeçamento da coluna” a ser o primeiro aprisionado, e normalmente dedicava-se, em exclusivo, ao contrabando.
O “Freteiro” que transportava os bens de outrem, até ao país vizinho e para um destino acordado entre fornecedores e compradores, recebendo depois pelo transporte efectuado.
E finalmente os fornecedores/compradores, em geral proprietários de estabelecimentos comerciais que contratavam os “caminheiros” como “homens de confiança” no sentido de proceder à entrega dos bens negociáveis ou na definição do serviço a ser levado a cabo pelos “freteiros”.