Conta a lenda que na corte de Eduardo III, de Inglaterra, vivia um homem que, apesar de ter uma alma nobre, era apenas um plebeu. O seu nome era Roberto Machim e o seu melhor amigo e companheiro de armas era o fidalgo D. Jorge.
No entanto, assim que Ana de Harfet e Roberto Machim se conheceram e trocaram as primeiras palavras, apaixonaram-se imediatamente. O seu amor era tão intenso que D. Jorge decidiu apoiá-los.
O problema deu-se quando os pais de Ana de Harfet descobriram a união e a proibiram, por Roberto Machim ser de baixa linhagem.
Os pais de Ana de Harfet decidiram então casá-la com um dos fidalgos da corte, mas Roberto Machim ficou extremamente revoltado e decidiu lutar por este amor.
Temendo problemas graves, o rei manda prender Roberto Machim durante alguns dias, enquanto se realizava a cerimónia de casamento de Ana de Harfet.
No dia em que sai da prisão, o seu amigo D. Jorge informa-o que Ana está a morrer de amor e diz-lhe que os quer ajudar.
Num plano organizado por D. Jorge, Ana e Roberto fogem num barco em direcção a França. No entanto, uma enorme tempestade desvia-os para sul, rumo a uma ilha paradisíaca.
Mas Ana não resiste à febre que a atacou durante a tempestade e acaba por morrer.
Roberto decide então enterrá-la naquela bela ilha que os acolhera. Conta a lenda que Roberto Machim morreu de amor precisamente em cima da campa da sua amada.
Foi nessa campa Roberto foi enterrado pelo seu amigo D. Jorge, que deu o seu nome ao lugar e onde mais tarde nasceu a bonita vila de Machico, onde os dois apaixonados ainda são recordados.