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Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo Traditional Geocache

Hidden : 9/16/2013
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo


A história da aviação em Cabo Ruivo começa com uma companhia aérea e dois homens famosos. Nos anos 30 a PAN AM pretende expandir as suas rotas comerciais e contrata Charles Lindbergh, o herói da aviação, que faz uma viagem de reconhecimento à Europa com início em Nova Iorque, via Terra Nova e o Círculo Polar Ártico, parando em vários países europeus até Portugal, última escala no continente. Chega a Lisboa com a esposa Anne no seu hidroavião Lockheed Sirius no dia 15 de Novembro de 1933, onde estabelece contactos com o Almirante Gago Coutinho, também ele pioneiro das viagens aéreas, para a concessão de direitos de tráfego aéreo para o Continente e o arquipélago dos Açores.

Sikorsky S-42B Pan American Clipper III

As negociações com o governo Português continuaram e em 16 de Agosto de 1937 a PAN AM é autorizada a efectuar o voo de ensaio, Nova Iorque – Bermudas – Horta – Lisboa – Marselha - Southampton e regresso a Port Washinton, utilizando um hidroavião modelo Sikorsky S-42. Em 1938 ultima-se a construção da base da PAN AM em Cabo Ruivo, com edíficio de Alfândega, ponte-cais de amaragem e depósitos subterrâneos de combustível. Entre Janeiro e Junho de 1939 os aviões Boeing 314 Clipper são entregues à companhia aérea. Criadas todas as condições necessárias, o primeiro voo regular de passageiros entre a América e a Europa conclui a travessia do Atlântico no Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo no dia 29 de junho de 1939, tendo o avião batizado de “Dixie Clipper” saido de Port Washington no dia anterior e terminando o voo em Marselha, onde chegará com os seus 22 passageiros e 11 tripulantes após 28h e 50m de voo.

Boeing B-314 Clipper frente à base da PAN AM

Com a conclusão do Aeroporto da Portela em finais de 1942 e para o complementar é lançado o projeto da construção de um verdadeiro aeroporto marítimo em Cabo Ruivo em substituição da base da PAN AM. As obras compreendem a dragagem, construção dos molhes e entrada da doca, construção de 6 cais acostáveis e de serviço e dois planos inclinados usados para retirar os hidoraviões da doca e a regularização da margem do Tejo desde a Matinha a Beirolas. A Avenida Entre-os-Aeroportos (actual Avenida de Berlim) foi também construida para permitir fazer a ligação por automóvel entre os voos de longo curso de e para a América que se efectuavam por hidroavião e os voos de pequeno curso para a Europa e África com partida e destino no aeroporto terrestre.

Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo

Durante a 2ª Guerra Mundial Portugal é um pequeno oásis numa Europa em chamas e Lisboa e os seus aeroportos fervilham com espiões e diplomatas, refugiados e exilados, contrabandistas e especuladores. Por Cabo Ruivo e pelos luxuosos Clippers da PAN AM passaram os famosos e os ricos, entre a voragem da guerra e a miragem da liberdade do outro lado do oceano. Foi esta a época de ouro dos grandes hidroaviões. Com o fim da guerra a travessia aérea transatlântica passa a ser efectadas pelos modernos aviões de longo alcance que descolam e aterram nos novos grandes aerodromos terrestres, sendo os hidroavões relegados para rotas progressivamente mais periféricas. Durante este crepúsculo dos deuses são produzidos alguns dos mais magníficos hidroaviões de sempre, como os Short Solent utilizados pela Aquila Airways que escalam o Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo a caminho da Madeira, proporcinando aos seus passageiros, tal como os Clipper, uma experiência de voo em 1ª classe díficil de igualar.

Short Solent 3

Hoje o espaço antes ocupado pelo Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo é um dos mais aprazíveis de Lisboa. Toda a área envolvente foi recuperada para a realização da EXPO'98 (Exposição Internacional de Lisboa de 1998), tendo o Oceanário de Lisboa sido contruído na Doca dos Olivais, junto à rampa Sul, que tal como a rampa Norte e os cais de acostagem ainda hoje existe. Já não há aqui hidroaviões mas é possível fazer kayak e vela ou gozar dos jardins e relvados circundantes enquanto se imaginam os grandes quadrimotores a sair para o Tejo rumo a um horizonte longinquo.

Doca dos Olivais, Parque das Nações

Sejam discretos na procura da cache, há muito movimento na área, incluindo tráfego aéreo ;).

Additional Hints (Decrypt)

CG: Zrfzb aãb fraqb hz onapb, fragnaqb-fr gêz hzn rkpryragr ivfgn cnen n qbpn. Zntaégvpn. Frwnz zhvgb qvfpergbf an cebphen. RA: Abg orvat n orapu, lbh pna fgvyy frng naq rawbl gur qbpx ivrj. Zntargvp. Or irel qvfperrg.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)