Freguesia de Pêro Moniz
Freguesia com uma área de 2.553 hectares, Pêro Moniz é a segunda maior do concelho, composta pelos lugares de Pêro Moniz, Martim Joanes, Vale Francas e Casal do Forno. Os seus limites confinam com os da freguesia de Cadaval, Vilar, Lamas, Bombarral e Outeiro da Cabeça.
Em termos eclesiásticos, Pêro Moniz um curado da apresentação do prior de S.Pedro de Óbidos no termo da vila de Cadaval. Pelo decreto de 26 de Setembro de 1895, que suprimiu o concelho de Cadaval, a freguesia foi anexada ao concelho de Óbidos voltando àquele aquando do seu restauro em 13 de Janeiro de 1898.
A antroponímia dos principais lugares da freguesia - Pêro Moniz e Martim Joanes - aponta para uma fixação de colonos, nessas terras, durante o período que se seguiu à Reconquista Cristã. Num documentos datado de 28 de Abril de 1278, aparece um "Martinus Johannis", provavelmente o fundador do Casal de Martim Joanes efectuando a venda de uma vinha a "Afonso Johannis". O Casal de Pêro Moniz deve também ter sido fundado nessa época, sendo já citado num documento de 7 de Dezembro de 1390. Nele se diz que Gonçalo Lourenço, escrivão da casa real e grande proprietário na região, era detentor da quinta de "pero vermoniz" e do montado de "val de francas"., outra das quais povoações da freguesia. Admitindo a ligação entre as duas propriedades, estas ocupariam uma extensão de dois quilómetros, sensivelmente a distância que separa as duas povoações. Toda essa extensa propriedade estava coutada, vedando, portanto, às gentes do termo, o acesso ao usufruto dos terrenos incultos.
Em 14 de Fevereiro de 1492, D.João II fez doação de outra grande propriedade existente no concelho.
Tratava-se da Quinta do Gradil, atribuída pelo monarca D.Martinho de Noronha, filho de D.Pedro de Noronha, que havia sido mordomo-mor da casa real. Esta vasta propriedade fora pertença da Casa de Bragança que voltou novamente á sua posse no inicio do século XVI com a subida de D.Manuel ao trono. Nos finais do século XIX a quinta era pertença dos marqueses de pombal. Constitui o exemplar mais significativo do concelho do ponto de vista arquitectónico. A sua traça parece remontar ao período setecentista. As terras desta freguesia parece terem sido muito disputadas. Ao longo dos tempos são assinalados transacções fundiárias de índole vária. Cite-se, a título de exemplo, um documento de 1745 pelo qual Francisco Albuquerque Coelho de Carvalho aforou em vida um casal no lugar de Martim Joanes, pertencente ao morgado da Quinta do Fidalgo, sediado na vila de Cadaval. O tributo anual consistia num moio de trigo e dez frangas, quantia idêntica à que era cobrada ao rendeiro anterior.Na metade do século XVIII a saúde dos moradores do cancelho de Cadaval era assegurada por um médico e um boticário, residentes na vila, e por quatro hospitais situados nas povoações de Vermelha, Cercal, Cadaval e Pêro Moniz. O hospital desta última povoação era muito pequeno e o que se debatia com aiores dificuldades financeiraspois as suas rendas, deixadas por um devoto e muito mal administradas por um particular, consistiam em produtos da terra de carácter muito incerto.
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| Igreja de Pêro Moniz |
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| Capela de Vale Francas |
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| Capela de Martim Joanes |
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Projecto GeoCadaval "Cadaval - A Flôr do Oeste"
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Esta CACHE faz parte do Power trail "Cadaval, a Flõr do Oeste" dedicada a uma das freguesias do concelho de Cadaval
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