Porto Brandão, A Terra e o Tejo
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Difficulty:
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Terrain:
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Size: 
(regular)
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Frente Ribeirinha Norte
Pela sua situação junto à foz do Tejo, o Concelho de Almada sempre cresceu em estreita comunhão com o meio aquático envolvente, dele dependendo fortemente, tanto da frente atlântica que se estende por cerca de 13 km na porção ocidental do território, como dos mais de 27 km de terrenos ribeirinhos banhados pelo estuário nas regiões norte e nascente.
Inúmeros vestígios da sua relação com o Tejo e da vocação marítima das respectivas populações, desde tempos históricos, são ainda hoje bem visíveis nos núcleos urbanos de Cacilhas, Trafaria e Porto Brandão, bem como ao longo do Passeio Ribeirinho do Ginjal.
Na reduzida área estuarina localizada a nascente do concelho, dominam sedimentos finos (vasas), enquanto que no canal principal do estuário predominam os sedimentos arenosos com elevada percentagem de carbonato de cálcio de características marinhas. Nesta última zona, são ainda frequentes alguns afloramentos rochosos na faixa litoral, que se prolongam para o interior do corpo estuarino.
A profundidade é muito variável, com batimetrias inferiores a 5 m junto às praias da Trafaria, e valores máximos de mais de 40 m, na parte central do canal. Esta região, devido à sua localização e morfologia, tem características hidrológicas sensivelmente diferentes do restante estuário.
Por um lado, devido à sua proximidade com o oceano, é extremamente influenciada pela entrada de águas marinhas, que contribuem para os elevados valores de salinidade da área envolvente (entre 25-36 ppm). Por outro lado, a morfologia do corredor terminal do estuário permite que o tempo de residência das águas seja muito baixo e as correntes tenham grande intensidade, sendo sempre mais fortes durante a maré vazante.
Habitat rochoso
Devido à sua localização geográfica e especificidades próprias, o património biológico presente nas áreas ribeirinhas pertencentes ao concelho de Almada, ou sob a sua influência directa, reveste-se de grande interesse. Assim, destacam-se os habitats rochosos existentes na orla setentrional do território, relativamente raros no contexto estuarino, e os bancos de vasa entre-marés que ocorrem na porção nascente, devido à sua superior relevância para a avifauna aquática, potenciada pela proximidade em relação ao Sapal de Corroios e à Baía do Seixal, onde pontificam comunidades ornitológicas muito relevantes.
A presença de importantes bancos de bivalves e de várias espécies piscícolas com elevado valor comercial na região mais próxima da foz, fazem desta zona um dos principais centros piscatórios na Área Metropolitana de Lisboa. A fracção terrestre da Frente Ribeirinha é caracterizada por ser uma área essencialmente agrícola, com um nível populacional relativamente baixo, estabelecido em pequenas vilas.
Nesta região, estabeleceu-se alguma actividade industrial, aproveitando as facilidades do transporte fluvial. Grande parte da área está incluída dentro da REN (Reserva Ecológica Nacional), devido fundamentalmente à acentuada inclinação da vertente e às várias linhas de água que percorrem este território. Comunidades vegetais da Frente Ribeirinha Norte são essas mesmas características que definem a sua paisagem. As populações estabeleceram-se nos vales e junto ao rio, enquanto que as áreas agrícolas se desnvolveram nos locais mais planos e perto das zonas mais urbanizadas, ficando mais protegidas as áreas com acessibilidade mais dificultada por questões de relevo.
Desta forma, é nas vertentes mais inclinadas junto ao rio, ou em pequenas falésias que contornam os planaltos mais acentuados, que se podem encontrar as comunidades vegetais mais ricas e bem desenvolvidas.
Additional Hints
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