GC4E9WH Santuário de S. Bartolomeu (Argozelo) (Traditional Cache) in Bragança, Portugal created by c3rel4k

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Bruno Rodrigues - btreviewer
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GC4E9WH ▼

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Hidden : 6/15/2013

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Geocache Description:

Nasceu em Caná da Galiléia, na pequena aldeia onde Jesus transformou água em vinho e seu nome vem do aramaico, com uma referência patronímica: Bar Talmay - filho de Talmay.
Nenhuma narração bíblica se refere ao seu nome, antes se refere a ele como Natanael, um dos 12 apóstolos. Natanael significa "dom de Deus" - o significado desse nome fica claro levando-se em conta que ele vinha de Caná, onde deve ter testemunhado a acção de Jesus nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-11).
Segundo fontes históricas, São Bartolomeu teria pregado o cristianismo até na Índia e terá morrido a 24 de Agosto de 51 DC em Albanópolis, atual Derbent, na província russa de Daguestão junto ao Cáucaso, quando o governador mandou esfolá-lo vivo, tanto que na Capela Sistina (e nas suas estátuas) ele é pintado segurando a própria pele na mão esquerda e na outra o instrumento de seu suplício, um alfange.

É o padroeiro dos padeiros, alfaiates, sapateiros e dos mercadores

Lenda de S. Bartolomeu de Argozelo (PARTE 1):
Diz a lenda, que em tempos que já lá vão, existia um imponente e frondoso carrasco (também conhecido por pinheiro-carrasco) no largo, junto à capela de S. Bartolomeu em Argozelo.
Certo dia, dois pastores alimentavam os seus rebanhos no cabeço onde se encontra o Santuário. Como aquele Inverno tinha sido muito rigoroso e não havia pasto para os animais, os pastores resolveram pegar nos machados e cortar os ramos ao carrasco para as ovelhas comeram a folha.
Passado uns dias constataram que as ovelhas que não tinham comido folhas, nada lhes sucedera, ao contrário das que as tinham comido; estas encheram-se de “tinha” (dermatite localizada infectocontagiosa que provoca descamação e perda de pêlos) e morreram todas. Os pastores culparam o santo por aquela desgraça e revoltaram-se porque achavam que o carrasco não lhe pertencia, mas ao povo! Para se vingarem, levaram o santo a rastos pela ladeira abaixo até ao rio Sabor. Quando chegaram ao rio um dos pastores disse para o santo: - Já estás cansado? Fuma primeiro este cigarro! - e meteu-lhe um cigarro na boca. Depois diz o outro: - “Tu deste-lhe de fumar e eu vou dar-lhe de beber”. Agarrou-o, amarrotou-o e espetou-o com a cabeça no rio. Feito isto, abandonaram-no no rio para que a corrente o levasse e vieram embora.
Um peliqueiro que se deslocava de Coelhoso para passar o rio no local onde era mais baixo, viu o santo na areia e reconhecendo-o carregou-o na mula, levou-o para a capela e colocou-o novamente no seu altar. Quando chegou ao povo contou o que se tinha passado e as pessoas questionavam quem teria sido!
Como ninguém viu, passou-se muito tempo e o que aconteceu sem se saber a identidade dos pastores.
Entretanto, a mula do peliqueiro que tinha trazido o santo para cima, durou anos e anos e nunca mais morria. O Peliqueiro teve durante anos aquela mula em casa e acabou por mandá-la matar, pois já estava tolhida e não andava.
Dos dois pastores só se ouviu falar mais tarde quando as suas famílias, depois de um ter morrido queimado (o que lhe pôs o cigarro na boca) e outro afogado (o que o pôs no rio), terem contado o que houvera acontecido!
Mais tarde foi construída no local uma outra Igreja, maior, bem como outros edifícios adjacentes e mais 6 capelinhas, transformando o sítio no actual Santuário de S. Bartolomeu.

Lenda de S. Bartolomeu de Argozelo (PARTE 2):
Apesar de ter a Igreja, o Santo permanece todo o ano na capelinha pequena. Isto porque, segundo a população, ele “prefere” estar na capelinha dele. Então, só uns dias antes da festa é que é trazido para a Igreja, para depois no dia da festa, em procissão, ser levado de novo para a capela, onde fica até ao ano seguinte.

A festa de São Bartolomeu que decorre todos os anos no dia 24 de Agosto é, pela sua projecção para além-fronteiras, a mais conhecida da região. São verdadeiras enchentes de populações que se deslocam ao santuário situado nas imediações desta terra vindas de todo o distrito e não só (há inclusive muitos emigrantes que vêm exclusivamente para as cerimónias religiosas) para prestar devoção ao santo!
Durante o resto do ano, também vale a pena visitar este santuário de belezas paisagísticas inigualáveis, onde se pode ter uma magnífica panorâmica sobre o vale do Sabor e apreciar um saboroso piquenique à sombra de frondosas árvores em qualquer época do ano.