Esta freguesia já é povoada há pelo menos 1900 anos, sendo isto comprovado em 1751, com a descoberta de moedas de ouro, prata e cobre, cunhadas com a efígie dos imperadores romanos Vitelio (69), Vespaziano (69-79), Tito (79-81), Nerva (96-98) e Trajano (98-117). Estas acabaram recolhidas pela Academia Portuguesa de História, e, pouco tempo depois, desapareceram com o grande terramoto da cidade de Lisboa, em 1755. Além das moedas, foram recolhidos, na mesma época, vários adereços em ouro, usadas pelas damas romanas, que posteriormente seriam vendidos a um ourives de Coimbra. Tudo o que era ouro foi derretido para o fabrico de jóias, o resto também desapareceu. Durante a Idade Moderna, Pelmá foi priorado da apresentação dos condes de Atouguia e passou, mais tarde, a padroado real. Durante o século passado, pertenceu durante três anos (1895-98) ao concelho de Vila Nova de Ourém, antes de transitar definitivamente para o de Alvaiázere. Do património da freguesia, destaca-se naturalmente a igreja paroquial. Em meados do século, estava completamente destruída, pouco mais do que ruínas: o corpo completamente desfeito e a torre destroçada. O Pe. José Nunes Bouça, pároco da freguesia, encarregar-se-ia de reconstruír toda a igreja, o seu adro e o escadório de acesso à entrada do templo, com a ajuda da população. Obras que custaram cerca de mil contos e que foram inauguradas a 21 de Outubro de 1951. Salvou-se muito, ainda assim, embora alguns dos restauros não tenham sido realizados com o necessário cuidado. Referia o “Inventário Artístico de Portugal” a este propósito, antes ainda das obras de restauro: “Templo em ruínas. (…) A capela-mor defende-se por um tapume. Os dois altares colaterais, do princípio do séc. XVII, de colunas doiradas e pintadas, estão agora ao ar livre. O retábulo do altar-mor, restaurado por um pintor de aldeia, é de um modernismo sem descrição. A imagem do orago está numa mísula da capela-mor. No cemitério, junto ao templo, a que estão prometidas obras comparticipadas pelo Estado, encontra-se num túmulo trapezoidal, antigo, com uma inscrição posterior (séc. XVIII), que diz: - ANTÓNIO BACHA CERORGIÃO.”