O nome da freguesia teve origem na capela existente em nome do santo patrono da festa: São Roque, que fazia parte da paróquia do Faial. Fica assim São Roque do Faial. Assim, o orago da freguesia é São Roque, cuja primeira igreja foi erguida em 1551 no Chão da Ribeira. Porém, depois de grandes chuvas esta foi levada até ao mar, corria o ano de 1883. Hoje, existe nesse mesmo local uma réplica da igreja, como recordação.
A nova igreja ergueu-se mais acima, num lombo, afastada da ameaça da ribeira. O povoamento deu-se no ano de 1538, possivelmente com pessoas do norte de Portugal, ou talvez do Norte de África e ilhas Canárias.
Lenda de São Roque do Faial
A Norte da Ilha da Madeira fica o lugar do Senhor S. Roque do Faial. Antigamente ali era uma paróquia de pastores, devota de Nossa Senhora da Natividade do Faial. Com o aumento da população, foi requerido ao bispo do Funchal a presença de um padre. Assim aconteceu, e também S. Roque passou a ser orago da paróquia. S. Roque, que era já tido como defensor contra a peste, ali passou a acumular com patrono dos pastores e respetivos rebanhos.
Contentes, os do lugar reuniram-se para a escolha do sítio onde se deveria erguer o templo. Discussão acesa sobre o caso. Esta só foi interrompida com o maravilhoso que aconteceu nas fragas da Penha de Águia ao ter aparecido a figura do santo como a dizer que pretendia estar ali instalado.
Abriram-se os cofres e os pés-de-meia, mexeram-se os braços na tarefa de fazer uma igreja, que cresceu dentro do leito da ribeira. E a coisa ficaria assim, quando um dia, às Avé-Marias, um cabreiro jurou ter visto o santo que era Roque de seu nome no lugar da sua aparição. Foram lá todos, mas o santo desaparecera. Afligiram-se os crentes. Veio uma enxurrada bem forte e destruiu o templo. E perguntaram-se eles se aquilo das aparições seria para chamar a lugar seguro as gentes que no templo rezavam e as salvar de morte segura, para que não fossem arrastadas…
E vai o povo a querer construir outra igreja no leito da ribeira, mas em posição menos vulnerável Bonito altar e toca de lá pôr dentro o santo que aparecera nos rochedos.
Passados tempos, de novo o santo sai do altar e volta a Penha de Águia, ao local das suas aparições. Ar triste, o pobre tinha. Mas tinha também razão que a ribeira voltou a encher e o lugar julgado seguro não o era, afinal. Nos anos 30 deste século ainda se viam as rumas desta segunda igreja.
Não teria melhor sorte a terceira igreja, edificada já na margem da ribeira, pois se e verdade que dela o santo também fugiu para os rochedos, também é verdade que o templo se foi abaixo…
Perante tamanha insistência os paroquianos desistiram de ir buscar o santo aos rochedos!
…em dias soalheiros há quem jure ver o S. Roque a passear-se pela penedia agreste de Penha de Águia, atento ao serviço das suas almas…
A Geocache:
Os crentes dizem que S. Roque perdeu um pequeno tesouro nesta localidade. Procure-o na estrada ao lado direito do jardim onde está o brazão desta freguesia.
Deixe tudo muito bem camuflado para que os próximos geocachers o possam encontrar.
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