Município de Almeida
Almeida é um dos 14 concelhos que compõem o distrito da Guarda.
Situa-se a uns 760 metros de altitude, na região centro do país.
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Ocupação da Vila de Almeida
Almeida, através de achados arqueológicos e monumentos ainda existentes, revela fortes vestígios do período pré-histórico, Romano, Árabe e Cristão.
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Castelo de Almeida
Peça fundamental que se integrava na chamada Linha do Tejo, fronteira do reino de Portugal no século XIII. Tinha como função o povoamento e defesa das terras de Ribacôa.
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Origem da Vila de Almeida
Vila e sede de concelho, Almeida têm uma gloriosa história, contudo as origens da Vila não estão ainda suficientemente estudadas mas crê-se que a fixação humana tenha acontecido durante o domínio romano.
O nome da antiga “cabeça militar de toda a província da Beira”, de origem árabe, deve-se ao seu terreno planáltico, pois Almeida em Latim significa Planície. Antes deste terá tido o nome de Talmeida e de Alameda.
Com o seu perímetro abaluartado em forma de estrela, de doze pontas, Almeida era a mais importante praça-forte da fronteira entre o Tejo e o Douro, guardando as terras de Riba-Côa entre Vilar Formoso e Castelo Rodrigo. Fortaleza praticamente inexpugnável até há um século, desempenhou importante papel em várias épocas da história de Portugal, nomeadamente durante a crise de 1383-85, as guerras da Restauração e as invasões francesas.
Almeida, apesar de toda a sua afirmação desde a Idade Média, revela vestígios do período pré-histórico, visíveis, não só em Almeida mas por todo o concelho, castros como o de Castelo Mendo e Castelo Bom, edifícios do tipo dolménico e alguns objectos que têm sido encontrados nas margens do Rio Côa. Quanto à presença dos romanos foram encontrados inúmeros vestígios localizados no local conhecido como "enchido da Sarça". Este local, também chamado sítio dos pedregais e que fica a 1 km da vila para norte, foi onde se fixou primeiramente a população, vindo a mudar-se, alguns séculos mais tarde para junto do castelo.
De igual importância foi a ocupação árabe que com o seu carácter produtor tornaram estas terras áridas um centro produtivo de agro-pecuária.
Depois da ocupação árabe deu-se a reconquista cristã deste território no século XI e passou a ser uma zona castelhana.
Há discordância quanto às datas das mudanças de mão que sofreu na fase obscura da Reconquista. Sem qualquer dúvida histórica é a tomada da povoação por D. Dinis, no ano de 1296, após várias lutas. Encontrando-a muito danificada o monarca resolveu deslocar a praça para o sítio actual, fazendo novo castelo, povoando-o e dando-lhe o primeiro foral, obtendo a confirmação da posse pelo Tratado de Alcanizes no ano seguinte (1297).
Castelo de Almeida
Este localiza-se na vila, freguesia e concelho que lhe dá o nome, no distrito da Guarda, em Portugal. Integrante da chamada Linha do Tejo, fronteira do reino de Portugal ao se encerrar o século XIII, tinha como função o povoamento e defesa das terras de Ribacôa. Atualmente os remanescentes do castelo medieval integram as defesas da Praça-forte de Almeida, povoação que goza do estatuto de Aldeia Histórica.
A sua forma
É após 1640 que começam as obras de fortificação moderna de traçado abaluartado, segundo concepção de Antoine Deville.
Durante a guerra da Restauração foi considerada a verdadeira chave de segurança da província da Beira, sem que nunca o inimigo a conseguisse tomar. E a partir da batalha de 2 de Junho de 1663 passou a ser o grande baluarte português da defesa fronteiriça.
Como não há bem que dure para sempre, foi perdida durante a Guerra dos Sete Anos e só regressou à lusa pátria em 1763.
Durante as invasões francesas, Almeida foi ocupada várias vezes.
Em 26 de Agosto de 1810, as tropas francesas de Massena apoderaram-se da fortaleza, depois de um cerco, durante o qual o castelo explodiu devido à imprevidência de um soldado português que fez o paiol ir pelos ares.
No decurso da guerra civil, Almeida transitou entre absolutistas e liberais, servindo as Casamatas de prisão.
Em 1927, a praça perdeu definitivamente a actividade militar, com a partida do último esquadrão de cavalaria.
Hoje em dia Almeida e as suas muralhas são classificadas como monumento nacional e as três portas em forma de túnel e abobadadas de acesso à praça encontram-se abertas, sendo a de S. Francisco uma obra-prima de bom gosto.
Admirável é também o antigo quartel de artilharia e cadeia, edifício setecentista em estilo joanino, onde está instalada a Câmara Municipal, a Igreja da Misericórdia, sendo este um edifício seiscentista, com um belo portal clássico e a igreja matriz, com três naves e diversos altares.
Verdadeiramente notável é todo o seu conjunto.
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