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A escrita foi uma das mais importantes descobertas do homem. A capacidade de registar o pensamento permitiu uma inédita difusão do conhecimento, não só entre indivíduos, mas também por gerações. Contudo, para a aplicação deste grande avanço, naturalmente era necessária a criação de certos instrumentos.
Na escrita cuneiforme, criada pela civilização babilónica, usavam-se pedaços pontiagudos de madeira ou osso para traçar os escritos, marcando permanentemente blocos de argila. Os egípcios desenvolveram o papiro, a primeira forma de papel. Consequentemente, era necessária a criação de algo para se escrever mesmos. Estes utilizaram ossos molhados em tintas vegetais. Durante muitos anos, as penas de ganso eram utilizadas como a principal forma de se escrever, molhando a raiz da pena num recipiente com tinta. Somente no final do século XVIII é que se pensou na substituição de tal instrumento por um objecto manufacturado, resultando na criação das penas de metal, as quais obtiveram relativo sucesso na época, embora as penas de ave continuassem a ser usadas.
Durante o século XIX, vários tentaram desenvolver uma espécie de caneta com tinta no seu interior, o que chamamos hoje de caneta de tinta permanente, ou caneta-tinteiro. Inventada com sucesso por Petrache Poenaru (1799-1875), um poligrafo romeno, registada em Paris e em Viena, foi patenteada em 1884, por Lewis E. Waterman.
A caneta esferográfica, principal modelo usado actualmente, surgiu por invenção do húngaro Ladislao Biro, o qual procurou criar uma caneta que não borrasse, e cuja tinta não secasse no depósito, realidade constatada durante o uso das velhas canetas de tinta permanente, ou canetas-tinteiro.
Ladislao Biro (1899-1985), revisor tipográfico, inventou esta caneta, em 1932. Na oficina do jornal em que trabalhava, na cidade de Budapeste, deteve-se a observar o funcionamento das rotativas. O cilindro se empapava de tinta e imprimia o texto nele gravado sobre o papel. Com a ajuda de seu irmão Georg, que era químico, e do amigo Imre Gellért, um técnico industrial, Biro encontrou a solução. Acondicionou a tinta dentro de um tubo plástico. A tinta, pela força de gravidade, descia para a ponta do tubo. Nessa mesma ponta, ele colocou uma esfera de metal que, ao girar, distribuía a tinta de uma maneira uniforme pelo papel. Os dedos não ficavam sujos de tinta e o papel nunca borrava.
Como curiosidade, em muitos países onde estas foram introduzidas, a assinatura com esferográfica em documentos legais, cheques e outros títulos de crédito, era proibida, por se considerar facilitar falsificações.
Hoje, podemos agradecer existirem canetas, que nos permitem fazer logs duradouros, às geocaches que tanto gostamos de procurar!
Daqui parte esta pequena homenagem!
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