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São Leonardo e os Ataíde Traditional Geocache

Hidden : 11/25/2012
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

Esta cache dá a conhecer a história por detrás da Igreja de São Leonardo, única no país erigida em honra a este santo.

Em frente à igreja, pode-se ainda ver o Pelourinho, símbolo de poder local, durante a monarquia.

Igreja de São Leonardo

Esta igreja é um Templo que deverá ter sido construído pelos fins do século XII, de estilo romano/gótico, com posteriores marcas manuelinas.
A frontaria é ladeada pela Torre Sineira, rematada por duas pirâmides. O portal, do século XII, é constituído por três arquivoltas que irrompem de pequenas colunas capitelizadas, de decoração realista. No frontão rasga-se uma rosácea.

Conta  a lenda que uma Imagem de São Leonardo (não a que se encontra no Templo, esta é do século XVI) vinha a bordo de um barco que transportava prisioneiros gauleses, da Costa Atlântica para a do Mediterrâneo, o qual naufragou junto ao então porto de ATOGIA.

Como todos se tivessem salvo do naufrágio, foi ali, naquela Vila construída uma Igreja em acções de graças a São Leonardo, cuja Imagem os acompanhava e ao qual atribuíram o milagre de não terem perecido todos no mar.

Pouco depois de terminada a obra, a igreja começou a ser enriquecida com enterramentos por parte dos mais importantes senhores locais. De 1371 é a inscrição de Domingos Bartolomeu, vassalo do rei e corregedor da Estremadura, que se fez sepultar na nave central. No século XV, a igreja tornou-se um monumento emblemático da principal estirpe que governou a vila, os Condes de Atouguia.

O primeiro conde, D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, jaz na capela que mandou construir pelos meados do século. E, na década de 60, contam-se importantes realizações, como o coro-alto, obra patrocinada pela Condessa de Atouguia, D. Guiomar de Castro, "pela alma do senhor conde", como indica a inscrição comemorativa da iniciativa.

No início do século XVI, a matriz de Atouguia era uma importante igreja da Estremadura, a ponto de ser novamente enriquecida com empresas vincadamente manuelinas. A principal é o portal da sacristia, em arco canopial regular. No exterior da capela-mor, o coroamento passou a integrar ameias, uma solução característica do ciclo artístico de D. Manuel.

Nas décadas seguintes, o interior foi esteticamente actualizado, com inclusão de pinturas murais (de que restam escassos elementos), mas a história da igreja acompanhou, de perto, a da própria vila: a partir do momento em que Atouguia perdeu importância, em benefício de Peniche, a igreja ressentiu-se, não mais voltando a ser objecto de grandes reformas, o que permitiu que tivesse chegado até aos nossos dias em relativo bom estado de conservação.

O restauro ocorreu na década de 70 do século XX e iniciou-se pela consolidação de património integrado, no caso as pinturas murais e o painel da natividade. Houve, no entanto, uma efectiva preocupação em aplicar o "velhinho" conceito de "unidade de estilo", o que determinou a demolição do coro-alto, por exemplo, entre outras obras consideradas pós-medievais.

Segundo uma tradição, esta Igreja tinha alguns dos seus travejamentos feitos com ossadas de baleias capturadas em grandes quantidades pelos pescadores do então porto de pesca de TOURIA ou ATOGIA e mais tarde, ATOUGUIA DA BALEIA.

Existem inúmeras peças de arte no interior da igreja-matriz, das quais se destacam o baixo-relevo da Natividade, na parede frontal (conta a tradição que foi oferecida à Rainha Santa Isabel) e o presépio da Escola Machado de Castro.

Em Portugal, parece ser a única Igreja erigida a este Santo e Atouguia da Baleia a única Paróquia com este nome : São Leonardo.


Pelourinho

De entre os símbolos de poder local poucos serão tão emblemáticos quanto o Pelourinho. Além de distintivo da autonomia administrativa concelhia, afirma a jurisdição judicial, representando normalmente as justiças municipais. O Pelourinho não esgota a sua função ao nível simbólico, constitui durante séculos o sustentáculo e cenário da execução de Justiça municipal, é a sua sombra e nos seus degraus que se executam diversas penas e castigos. O Pelourinho pela sua forma, implantação e significado bem pode ser considerado o eixo da vida concelhia.

Em todos os Concelhos, em que existam estes marcos do património histórico, eles ocupam um espaço dominante na praça central, da povoação antiga, normalmente rodeado de outros emblemas de poder local: a Igreja, a Câmara, ou mesmo (como no caso de Atouguia) o Castelo.

A actual freguesia de Atouguia da Baleia tem a felicidade de contar com um belo exemplar de Pelourinho Manuelino, herança de um passado de autonomia e pujança económica, social e politica. A extinção do Concelho de Atouguia da Baleia em 1836, que transportou para Peniche a sede administrativa da região deixou para trás este marco histórico fundamental.

Este Pelourinho não se limita a existir e agradar esteticamente; situado no seu local original, rodeado pela Igreja de São Leonardo, pela sede da actual Junta de Freguesia e pelo que resta do castelo de Atouguia, ele fala-nos do gosto do séc. XVI que o erigiu ao estilo Manuelino, com base de três degraus, capitel facetado, coluna decorada e coroada em pinha, pelas armas heráldicas dos Condes de Atouguia, das quais já apenas resta memória de terem sido picadas após a tentativa de assassinato de D. José em 1758.

De facto trata-se de um eloquente testemunho da importância desta estrutura arquitectónica e do seu valor simbólico do poder dos Ataídes, que o Marquês de Pombal pretendeu eliminar mandando picar todas as suas representações heráldicas, e apagando com a maior eficácia essa memória do nosso Pelourinho.

O papel do Pelourinho de Atouguia como eixo da vida local não se extinguiu no século XVIII, com o desaparecimento dos poderosos Condes de Atouguia, de facto o Pelourinho não constituía apenas um símbolo do poder (Real ou Senhorial), e continuou a funcionar como símbolo das justiças e actividade municipal, era aí que se desenrolavam os pregões oficiais, era também aí que se leiloavam e arrematavam rendas e propriedades, e que faziam deste Pelourinho fulcro e cenário da vitalidade municipal e parte integrante da vida diária dos munícipes, nos seus actos mais solenes.

Additional Hints (Decrypt)

CG: Fr rfgvire pnafnqb, qrfpnafr hz cbhpb. RA: Vs gverq, erfg n ovg.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)